quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

PROGRAMAÇÃO FESTIVAL INTERNACIONAL DA SANFONA


Já foi lançada a programação do Festival Internacional da Sanfona que acontece de 16 a 21 de março em Juazeiro e Petrolina. Entre os convidados, Dominguinhos, Osvaldinho do Acordeom, Renato Borghetti, Elba Ramalho, Orquestra Sanfônica do Recife, Mirco Patarini e os artistas da terra.

Targino Gondim é o Curador do evento e a coordenação geral de Celso Carvalho. Durante o encontro serão realizadas exposições sobre a sanfona no River Shopping(Petrolina) e no Centro de Cultura João Gilberto(Juazeiro), onde Targino vai gravar ao vivo o seu DVD no dia 19 com a presença de convidados. Dois ícones da música brasileira serão homenageados na ocasião, Luiz Gonzaga e Sivuca.

J. Menezes

domingo, 25 de janeiro de 2009

A VEZ DOS NOVOS


Com a determinação do Governo de baixar o Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI na venda de carros novos aumentou a procura pelo “zero” e caiu substancialmente a venda de carros usados. Nas lojas de carros usados a queda nas vendas, obrigou os vendedores a baixarem os preços em até 12% e mesmo assim o movimento ainda não é o esperado. Muitos proprietários dessas lojas não estão comprando veículos. A estratégia é trocar ou vender, mas jamais comprar para evitar prejuízos.

Um veículo usado que era vendido em agosto por R$ 23 mil, hoje está sendo vendido por R$ 18 ou 19 mil. Em relação aos carros novos, o risco é a inadimplência nos financiamentos, já que uma prática comum é o comprador ter a entrada e não conseguir pagar em dia as prestações por falta de fôlego financeiro ou aumentar o índice de desemprego que também pode ser um complicador para que os compradores honrem os pagamentos em dia.

J. Menezes

PLANO INTEGRADO DE SAÚDE?


É preocupante essa crise entre o Governo Municipal em Petrolina e o IMIP, gerada a partir da constatação da dívida do Executivo com o instituto em torno de R$ 2 milhões. Quando a população achava que o município estaria bem próximo de resolver o seu maior desafio que é proporcionar um atendimento público à saúde de qualidade, eis que surge um imbróglio que na minha concepção não é apenas de ordem administrativo, mas político.

Quando o Hospital de Traumas foi inaugurado ano passado, com a presença inclusive do Secretário de Saúde da Bahia, de Pernambuco, do prefeito Odacy Amorim e do Secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco Fernando Bezerra Coelho, foi apresentado um plano regional de integração da saúde. Esse plano incluía o suporte dos governos dos estados (Pernambuco e Bahia, governo municipal e Federal e o reforço do IMIP).

A impressão de quem estava na solenidade é que ali estava sendo inaugurado um “projeto modelo” de atendimento à saúde como nunca visto e que seria um exemplo para o Brasil. Agora com esse imbróglio envolvendo o IMIP, percebe-se que há fragilidades na condução e o “fiel da balança” são os recursos. A expectativa da comunidade é que as “questiúnculas políticas” não interfiram na qualidade do atendimento. Seria decepcionante.

J. Menezes

CRISE MUNDIAL E O VALE


A economia globalizada tem seus caprichos. A crise econômica norte-americana que num “efeito dominó” repercutiu no mundo inteiro, reforçou a idéia dos perigos de um “pensamento único”, defendido pelos magnatas do capitalismo mundial e rechaçado pelos “intelectuais de esquerda”. Vejamos o que ocorreu com os produtores do Vale do São Francisco.

Região com maior volume exportação de frutas do país enfrenta agora o desafio de reduzir sua produtividade com a demissão de 40 mil trabalhadores rurais, 25% a mais do que nos últimos anos, por ocasião do fim das safras. O mais grave é que dos trabalhadores que tiveram os contratos cancelados, 10 mil eram fixos. Para a Câmara da Fruticultura do Vale do São Francisco, a saída agora é uma negociação dos débitos com as instituições de crédito.

Dependendo do desfecho das negociações, é possível que lá para os meses de junho ou julho, pelo menos uma parte desses trabalhadores sejam reintegrados às empresas agrícolas, mas por enquanto isso é apenas uma suposição. Na semana passada o BNDES anunciou uma nova linha de crédito para quem criar novos empregos.

É um esforço da equipe econômica do governo e em especial do presidente Lula para minimizar os efeitos da crise no país e não trazer prejuízos políticos para a base governista que prepara Dilma Rouseff para as próximas eleições.

J. Menezes

FEDERALIZAÇÃO/REESTRUTURAÇÃO

Se a idéia da federalização da UNEB/Juazeiro, for aprovada pelo governador Jackes Wagner, como irá ficar a situação dos funcionários da instituição? Os professores teriam que se submeter a um novo concurso ou a UNIVAF, se responsabilizaria por uma nova capacitação interna com os docentes? Ocorre que os funcionários concursados tem direito adquirido.

Para o governo do estado seria abrir mão de uma responsabilidade a mais, já que não são poucas as reclamações dos estudantes no sentido de proporcionar a UNEB, melhores condições estruturais e maior atenção da reitoria com as unidades interioranas. Para a UNIVASF, seria uma vantagem poder ampliar o seu “campo de ação” no ensino superior na região. Em termos políticos levando-se em conta a conjuntura atual, não haveria grandes mudanças, já que o presidente Lula é “alinhado” com Wagner.

J. Menezes


ISAAC EM SALVADOR


O Prefeito de Juazeiro esteve recentemente em Salvador onde foi tratar de apresentar ao Governador Jackes Wagner as reivindicações do município. Dentre as solicitações, Isaac Carvalho solicitou a recuperação do Ginásio de Esportes (já é hora, já que Juazeiro não dispõe de um espaço público amplo e estruturado) para a realização de competições esportivas profissionais. A estrutura do atual Ginásio de Esportes é precária e desconfortável).

Outra questão apresentada pelo prefeito de Juazeiro foi a “federalização” da Universidade Estadual da Bahia – UNEB, uma reivindicação e luta que já vem sendo travada pelos estudantes da unidade de ensino há dois anos, o que implicaria numa reestruturação complexa da UNEB. A outra idéia já apresentada à reitoria da UNEB pelos estudantes é criar uma nova universidade com autonomia municipal.

J. Menezes

domingo, 18 de janeiro de 2009

FESTIVAL INTERNACIONAL DA SANFONA


Desde que os Norte-Americanos lançaram a idéia do “For All” (para todos), na base militar em Natal no Rio Grande do Norte, durante a Segunda Guerra Mundial, os ritmos musicais nordestinos, ganharam uma denominação que embora variado, ganhou uma padronização. É preciso esclarecer que os estadunidenses não tem nenhuma relação com a música em si. Eles criaram o baile para animar os trabalhadores às tropas da base.

“O Forró” que é uma espécie de “salvo conduto” da comunidade sertaneja se tornou conhecido no Brasil e no mundo, principalmente a partir das músicas de Luiz Gonzaga que o divulgou e vai criando seus “guetos”. O interessante é que tradicionalmente, Pernambuco ostenta uma certa intimidade forte com o forró e a Bahia que sempre abrigou artistas com ritmos como o axé, o afoxé, o próprio movimento tropicalista, descobriu em Juazeiro um movimento que vem crescendo a partir da segunda metade dos anos de 1980.

Hoje, “a capital do forró” na Bahia é Juazeiro. De lá para cá surgiram Raimundinho do Acordeon, Sérgio do Forró, Adelmário Coelho, Tinho, Wanderley do Nordeste, Flávio Baião e Targino Gondim que após a exibição do filme Eu Tu Eles, gravado em Juazeiro se tornou conhecido no país com a música “Esperando da Janela” (Raimundino, Manuca e Targino), gravada depois por Gilberto Gil com grande sucesso.

Esse movimento bem sucedido motivou a realização do Festival Internacional da Sanfona que acontece em março em Juazeiro. Será uma oportunidade especial em que o Vale do São Francisco vai receber grandes nomes da música nacional e internacional num evento de valorização da “música de sanfona”. O evento está sendo organizado por Targino Gondim.
J. Menezes

O SONHO DE OBAMA


"I Have a Dream", o sonho de Martin Luther King se materializou. Naquela tarde agitada de 1964 em Oslo, ao receber o Prêmio Nobel da Paz, quando o grito antológico do líder negro norte-americano ecoou pela América e reverberou no mundo, anunciando que haveria um novo tempo em que brancos e negros caminhariam de mãos dadas por um mundo melhor. A vitória de Barak Obama Houssain Jr. é mais que uma surpresa, simboliza uma mudança estrutural, conceitual e ideológica na históriade um país que se orgulhava de falar em liberdade, mas não conseguia traduzir esse conceito plenamente. O choro do Senador veterano Jessé Jackson, após o resultado da eleição, foi um desabafo de quem carrega nos ombros, o fardo da condição negra nos Estados Unidos e se depara com um fato histórico antológico.

Fico imaginando o filme que passou na cabeça de Jackson, especialmente entre os anos de 1950 e 1980, quando vários movimentos sociais exigiam o cumprimento dos direitos civis, o exercício da liberdade e o combate a leis absurdas como a proibição do casamento e das uniões inter-raciais que por ironia do destino, geraram Barak Obama. Jackson deve ter pensado, "vivi para contar". Com a vitória do advogado negro, a história, dá um "tapa de pelica" no tradicionalismo Yanque. Não foram poucos os estadunidenses que repetiram de forma uníssona o mesmo discurso: "jamais imaginei que um negro pudesse ser presidente dos Estados Unidos".

A vitória de Obama tem vários significados. Representa a quebra de paradigmas, de preconceitos, cria um novo ciclo na história dos Estados Unidos, muda à face não só de uma hegemonia caucasiana do poder, mas sinalizam transformações de ordem social, econômica, política e cultural. A maioria dos democratas no Congresso Nacional, o apoio incondicional fora dos Estados Unidos demonstraram que Obama era um candidato de consenso, unindo brancos de descendência européia, negros, índios, asiáticos e latinos, etnias formadoras do "caldeirão cultural" do país. O consenso ficou claro na fala do adversário JonhMaCcain ao se referir ao resultado das eleições: "Ele é agora o meu presidente".
Há uma percepção clara no mundo de que as populações não querem mais suportar abusos de poder. Não se trata de uma questão de intolerância, mas de amadurecimento civilizatório. Para compreender o que isso significa, voltemos ao tempo da intolerância racial. Envolto em campanhas segregacionistas que explodiram na Guerra da Secessão, no Século XIX e mais tarde nos anos de 1960 com a ação radical da Ku kluxklan e a reação dos movimentos: Pantera Negra, Black Power, Malcolm X e de Martin Luther King os Estados Unidos se rendem à realidade e elegem um negro para o cargo máximo de poder no país.

Antes, essa possibilidade, estava sempre ligada a uma filosofia conspiratória que poderia render a Hollywood um longa metragem de sucesso mundial. Estava relegada a uma história de ficção, ao campo das hipóteses. Ocorre que, sem nos darmos conta à história mostra que não é tão previsível como demonstram algumas teorias e a subjetividade da ficção pode se transformar em realidade.

Para quem acredita em questões metafísicas a vitória de Obama parece atender a esse apelo que a vã filosofia ou as leis da política não explicam. Obama surge como "o Salvador da Pátria", num momento em que os Estados Unidos vivem um "inferno astral" com uma crise econômica que parece ainda mais séria do que a de 1929, corroborada com a desastrosa administração de George W. Bush, sua política beligerante que o fez esquecer dos problemas internos do país em nome de uma "síndrome da cruzada contemporânea".

Internamente os Estados Unidos capitulou com a crise imobiliária e a quebra dos bancos, com o endividamento das famílias, com a decadência do sistema de saúde, com a redução da demanda energética e os altos custos da Guerra do Iraque. O presidente terá que resolver outras questões complexas como a cultura punitiva do seu país que mantém uma maioria de negros e descendentes nos presídios, representando a maior população carcerária do mundo. A velha máxima popular afirma que "é nas crises que surgem as melhores oportunidades". Se for verdade, os espiritualistas tem motivos de sobra para acreditar que o poder nas mãos de Obama não é obra do acaso, mas de uma profecia que está sendo cumprida. Obama não pode falhar.
O que se espera é saber como o presidente eleito vai tirar o país do imbróglio deixado por Bush e dar um novo direcionamento positivo ao mundo. Aliás, ele já respondeu a esse questionamento com esperança ao afirmar no discurso da vitória, que "O caminho vai ser longo e não atingiremos nossos objetivos em um ano, nem mesmo em um mandato. Eu nunca estive mais esperançoso de que estou esta noite. Eu prometo a vocês, nós, como povo, chegaremos lá". Por enquanto Obama também não deixou claro como será sua política externa na resolução de questões conflitantes como Guantánamo, Paquistão, Irã,Venezuela e Colômbia. Não esqueçamos que os EUA não deixam a sua liderança, inclusive bélica no mundo com a crise.

Não será mais surpresa se o novo presidente dos Estados Unidos conseguir lograr êxito nos seus objetivos, mas certamente o fato do país ter escolhido um presidente mulato, mostra uma mudança histórica,(só comparável recentemente à queda do muro de Berlim) e a capacidade dos homens de renovar esperanças, transformar conjunturas, vislumbrar o novo e influenciar mentes e corações em torno de um ideal. Nesta terça-feira quando sentar na cadeira de Presidente dos EUA, Obama certamente vai refletir sobre isso.

J.Menezes

CHICLETE EM JUAZEIRO


São poucas as bandas baianas que ostentam tanta tradição no carnaval da Bahia como a “Chiclete com Banana”. “Bell e Cia”, não abrem mão de um repertório padrão que deu certo. As músicas falam de “paixões bem resolvidas”, dos prazeres da vida, das “eternas festas de Salvador”, tudo num ritmo alucinado que deixa o folião “pra lá de entusiasmado”. O Chiclete também arrasta multidões por onde passa nas micaretas ou nos carnavais oficiais.

O cachê da banda também não é dos mais baratos. Por conta da crise econômica e da própria “descapitalização” das prefeituras, os carnavais fora de época devem sofrer um revés, tendo em vista os altos valores cobrados pelos artistas do primeiro time da “axé music”. Não será fácil a realização do carnaval, mas é dada como certa a passagem do Chiclete pela avenida em Juazeiro no carnaval de 2009. Na nova administração, houve quem sugerisse não realizar a festa por conta da falta de dinheiro em caixa, mas depois de muita reflexão Isaac acabou decidindo fazer o evento.
J. Menezes

LOUCOS POR FUTEBOL


Não chega a ser uma novidade, mas a prefeitura de Senhor do Bonfim no norte baiano, se ofereceu e foi atendida para receber o time do Ipitanga durante o Campeonato Baiano da Primeira Divisão. A idéia é divulgar a cidade no Estado da Bahia. Já que o time local não conseguiu a classificação para a “primeirona”, essa foi uma saída para não deixar a cidade fora do circuito do futebol. Quem deve ter adorado a idéia foi à população local que vai poder assistir e à diretoria do Ipitanga que vai ter estada, campo para jogar e ainda uma ajuda de custo para viagens.

Senhor do Bonfim, distante 100 quilômetros de Juazeiro e 400 de Salvador, tem como principal atração turística o São João, considerado um dos maiores da Bahia, mas também tem uma ligação com o futebol. A cidade revelou para o futebol brasileiro, Bobô, que foi o principal jogador do Bahia na conquista do título histórico do campeonato brasileiro de 1988. Bobô foi tema de música de Maria Bethania e chegou a atuar no São Paulo e uma passagem rápida pela Seleção Brasileira.

J. Menezes


PSOL PLANEJA ELEIÇÕES DE 2010


O representante do Psol em Petrolina Rosalvo Antonio está no Recife onde foi participar de um encontro com a base do partido e representações de outros municípios do Estado de Pernambuco. Na pauta da reunião, o planejamento para as Eleições de 2010. O Psol quer lançar candidatos em Petrolina.

Para o presidente do partido, a cidade precisa de novos quadros que a represente de forma mais democrática. Segundo Rosalvo, os votos recebidos por ele em Petrolina e por Edilson em Recife prova que apesar da influência dos grupos políticos tradicionais e suas estratégias convencionais e de controle, há um desejo de mudança que ainda não foi despertado completamente.

J. Menezes


LAGOA GRANDE E AS ELEIÇÕES


Muita expectativa para a escolha do prefeito ou prefeita de Lagoa Grande no próximo dia 08 de fevereiro, num pleito histórico no jovem município pernambucano. Emancipado em 1997, Lagoa Grande que era um distrito de Santa Maria da Boa Vista, foi elevada à condição de cidade principalmente em virtude do potencial econômico (leia-se, vitivinicultura).

Hoje com 15.755 eleitores e uma população de 35 mil habitantes, que sofre primeiro com os problemas estruturais, típicos de um município pobre: má distribuição de renda, desigualdades sociais, mal servida de serviços de saúde, educação, saneamento básico e falta de moradia. Depois “o trauma’” de ter passado por problemas de ordem político-administrativos que até hoje repercutem na comunidade que culminou com a realização de uma segunda eleição.

A emancipação de municípios brasileiros deveria ser feita com critérios mais rigorosos da própria justiça eleitoral, com participação efetiva do Ministério Público e criação de comissões comunitárias que pudessem participar de todo o processo de instalação do município. Não estou falando apenas do conhecimento sobre a burocracia, mas de uma gestão compartilhada de fato, onde o cidadão fosse respeitado.

Esse processo de fiscalização, orientação e discussão sobre prioridades deveria durar no mínimo 10 anos, até que o município pudesse andar com suas “próprias pernas” e desenvolver uma cultura própria de gestão que não deixasse de fora “os seus clientes” que são os cidadãos, dividindo com estes, as responsabilidades. Deixar tudo nas mãos apenas da equipe de governo, acho temerário por inúmeros motivos e o primeiro deles é a fragilidades de nossas instituições.

Outra coisa vende-se uma imagem de Lagoa Grande, como uma “terra da promissão” por conta dos imensos parreirais lá existentes, Ora, todo mundo sabe que a vitivinicultura é um fato que ajuda a melhorar a auto-estima da região, mas que esse “arroubo de prosperidade” é uma gota num oceano repleto de carências, especialmente na área social. Particularmente, não acredito em desenvolvimento se a questão social não for considerada neste bojo. Apesar de tudo, não é tarde: depois das eleições os cidadãos podem e devem exigir maior participação nas decisões do governo, seja ele qual for.
J. Menezes

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

NOVOS PREFEITOS, VELHOS DESAFIOS


A festa acabou já se foram os fogos de artifício, as comemorações, as profissões de fé e as adulações de praxe. Agora os novos e velhos gestores têm "um choque de realidade". Vão se deparar com os velhos problemas das cidades, as heranças nem sempre inspiradoras dos predecessores, os contratos de longo prazo que terão que continuar honrando, os projetos que não foram concluídos, o entrosamento da equipe.

Vão precisar adequar a realidade do que ficou da gestão passada com o programa novo de governo. É uma equação complexa que vai levar um tempo, até que se encontre um equilíbrio de contas que permita ao administrador municipal, finalmente "mostrar a cara do governo". Num segundo momento, vem a questão crucial que é a articulação política com o legislativo.

Ter uma base forte aliada é importante, embora isso tenha um custo e um desgaste que é difícil dimensionar. Numa realidade como a nossa onde prevalece à máxima de São Francisco "é dando que se recebe" e com a fragilidade de nossas instituições, já é possível até prever o que irá acontecer. Mas é preciso ter esperança e acreditar numa mudança, mesmo que ela seja lenta, gradual.

Mas tudo vai depender da vigilância diária às decisões dos governantes. Um entendimento franco e transparente entre o executivo e o legislativo é possível e saudável, mesmo considerando a corpartidária. Democracia se faz também com diferenças, conflitos, discordâncias, pontos de vista diferentes, mas também com maturidade,responsabilidade, ética e espírito público.

O que é preciso que gestores municipais e vereadores aprendam é exercer o poder de forma mais consciente e responsável e não "olhando para o umbigo". Aliás, é preciso que o cidadão, a sociedade civil, os movimentos sociais estejam atentos à "malandragem", de eleitos que não tem boa intenção. Infelizmente muitas câmeras municipais e prefeituras, ainda vão ter a presença nociva desses "ratos travestidos de homem".

São carreiristas perigosos que entraram na vida pública apenas com um pensamento: "se locupletar à custa do povo". Esse ciclo viciosoda "politicagem" e essa cultura da razão cínica precisa ser combatida e sepultada no Brasil. Particularmente, detesto a "Síndrome de Gabriela" e sua proposta conformista.

Acredito na mudança da atitude mental, mesmo sabendo que ela é penosa, lenta, tortuosa, causando no cidadão um efeito até mesmo de desesperança, inquietude, ansiedade e revolta. "Ficar repetindo a todo o momento que "as coisas são assim mesmo", que nada muda é a munição perfeita para os 'canalhas oportunistas", despreparados e sem propósitos que se arvoram do poder para praticar perversidades.

J.Menezes

LÓSSIO E ISAC


Em Petrolina e Juazeiro temos exemplos típicos de uma mudança que não é apenas do ponto de vista dos candidatos em si, mas de tradição política. Nas duas cidades, sempre tivemos "políticos de ofício" disputando eleições, com raras exceções, alguns "indicados" por bases políticas disputaram pleitos. Agora as duas cidades, coincidentemente inauguram um novo momento em que foi dada a oportunidade para que administradores da área privada assumam gestões públicas.

Embora estejam apoiados em bases ou figuras políticas tradicionalistas, como é o caso da família "Coelho" em Petrolina e em Juazeiro, Pedro Alcântara, é clara a intenção dos novos prefeitos em dotar os seus respectivos governos de um suporte técnico. Pelos perfis dos secretários, percebe-se essa opção. O serviço públíco vai se desvencilhando aos poucos de velhos vícios políticos, onde o que contava não era a competência técnica, mas a "vocação simplista" de angariar votos.

Não se pode governar ainda, sem as articulações políticas que no Brasil, é mais "regra do que exceção", mas a opção dos dois prefeitos pode criar uma nova cultura na forma de governar os municípios e pode ser exitosa, mas é preciso cuidar para que as gestões não se distanciem muito do povo, concentrando-se num funcionalismo exagera do que perca o seu caráter público. Que as mudanças venham, prevalecendo os princípios de justiça social, ética e responsabilidade com o público.

J. Menezes

FRASE


"Chego a pensar que o acervo que produzi com trabalho literário e artístico de pintura e escultura, quem sabe um dia, poderá ter valor especulativo. Com isso dou o testemunho que não possuo herdeiros,muito menos, marchand, leiloeiros ou "Galeteristas". Gostaria muito que esse legado fosse transformado em benefício para alguns órgãos filantrópicos".


Celestino Gomes no Livro "De Roma à Roça" – Sparita

PORTUGUÊS COM K, W E Y


O acordo ortográfico já começou a vigorar nos países de língua portuguesa, uma comunidade que conta com mais de 200 milhões de habitantes em quatro continentes. Agora os habitantes de Portugal, Brasil, Angola, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Moçambique e Timor Leste vão usar palavras como linguiça, desta forma, sem o trema.

O mesmo vai ocorrer com a palavra "para" e "voo" sem acento. As mudanças não ficam por ai. O alfabeto saltou de 23 para 26 letras e o "K, o "W" e o "Y", estão integrados. Bom, o que deve ocorrer a partir desse acordo firmado, é que as pessoas vão ter que estudar, já que esse tema deve aparecer logo, logo nos concursos, não só vestibulares.

Chamo atenção para esse assunto, não é apenas por conta do acordo ortográfico, mas por uma oportunidade ímpar que os países com influência lusófona, terão agora de promover uma integração maior e tão sonhada. Ela pode ocorrer em várias áreas, incluindo a cultural talvez a principal delas.

É interessante notar que apesar do distanciamento secular entre os países de língua portuguesa, ainda há laços que os integram e não é só o idioma. O cantor e compositor Martinho da Vila, afirmou que são impressionantes as semelhanças que existem entre o comportamento e as relações sociais entre os habitantes de Maputo, Capital de Moçambique, Rio de Janeiro e Luanda, capital angolana. Martinho disse que ninguém sabe explicar isso, mas as semelhanças existem de fato.

José Ramos Horta, jornalista, ex. Prêmio Nobel da Paz e hoje Presidente do Timor Leste, disse que o Brasil tem posição semelhante aos Estados Unidos na divulgação de sua cultura nos países de língua portuguesa, no entanto hoje a influência se dá mais no campo da produção de novelas do que propriamente na música ou na literatura como era antes. Tereza Salgueiro cantora, afirma que apesar de diferenças flagrantes sob vários pontos de vista, entre Brasil e Portugal, há uma harmonia entre os dois povos. Se houver boa vontade e a organização de um projeto de integração e cooperação a longo prazo,muitas transformações podem ocorrer nessas comunidades e o Brasil pode liderar esse movimento.

J. Menezes

A PSICOLOGIA DA CRISE


Negar que há uma crise econômica no mundo é no mínimo não querer reconhecer o óbvio. As medidas de emergência dos governos em todos os continentes não teriam sentido, se o anúncio da crise não fosse verdadeiro. A questão é o alarde "desproporcional" que se faz do problema, criando um efeito psicológico assustador nas pessoas menos avisadas.

Não é nenhuma novidade que o sistema capitalista também se alimenta da especulação. O que ocorreu nos Estados Unidos, com o setor imobiliário que depois "num efeito dominó" foi derrubando outros setores e de forma arrasadora o financeiro é resultado desse abuso neoliberal que detesta quando o Estado intervém em sua tese do "deixe fazer, deixe passar", mas que agora, como em 1929 com o "crack" da bolsa, teve que se submeter não só ao Estado, mas rever sua estratégia homicida de distribuir responsabilidades financeira aos cidadãos norte-americanos, sem que esses tivessem qualquer condição de assumir,como foi o caso das hipotecas.

É a ganância que perdeu o controle e quebrou o império Yanque. O terrorismo da crise, já foi combatido pelo presidente Lula e houve insinuações no mercado de ingenuidade do presidente. Outro dia, numa entrevista concedida pelo cartunista Maurício de Souza, o apresentador perguntou a ele, como a crise estava afetando os seus negócios e ele respondeu: que crise? Não foi uma resposta arrogante, Souza explicou que a vida dele, dos filhos, da empresa e dos amigos continuava,independente de crise. Ele se mostrava estupefato com a exposição do tema, criando uma fixação de pensamento nas pessoas.

Lembrou que já passou por outras "crises" e sobreviveu. O criador da Mônica mostrou uma faceta, parecida com a do presidente Lula, também criticando a forma sensacionalista como o tema era jogado no mercado e para a sociedade, de uma forma "espetacular", doentia,obsessiva. Acho que neste aspecto, a mídia peca muito por permanecer na superficialidade, sem uma explicação mais contextualizada e didática à população sobre o que está acontecendo. Manter a população ignorante, parece que dá mais ibope e melhora o ego de repórteres desinformados e "experts" no "economez" que ficam falando numa linguagem acadêmica e incompreensível para o povo.

Não sou economista, e sei que em plena era da globalização, os mercados são integrados e o que atinge uma das cabeças, como os Estados Unidos, atinge o resto, mas há uma corrente especulativa no mundo de derrubar não só economias, mas a auto confiança e a estima das pessoas. Quem sabe Freud poderia explicar, mas infelizmente não está mais aqui.

J.Menezes

PETROLINA PERDE O JOGO E CHORA POR NÃO TER ESTÁDIO


Esse filme o torcedor já viu muitas vezes. O time perde de goleada, já se coloca como um candidato a "saco de pancadas" da competição, o presidente do clube chora "as mágoas de sempre, pelos motivos de sempre e o pior: o time não tem onde jogar. É obrigado a se deslocar para Salgueiro e jogar longe da torcida. A pergunta é óbvia: poderia dar em outra coisa? É melancólico considerar o potencial de Petrolina sob os pontos de vista político, econômico e social, cidade estratégica para o Pernambuco e ponto de convergência no Nordeste e ser tão negligente em relação ao futebol. O estádio não foi recuperado em tempo, e sabiamente foi interditado pelo Ministério Público que exigiu uma análise do CREA que garantisse a segurança dos torcedores.


O mais incrível é a repetição dos erros, essa insistência em participar de uma competição oficial sem estrutura. O tempo da aventura já era, não estamos mais na década de 1970, quando jogávamos num estádio acanhado e jogávamos com equipes regionais num amadorismo que não cabe mais hoje. Disputávamos o campeonato local e o BAPE com jogadores pagos com geladeira, rodada de cerveja e fogão. O futebol agora é competitivo, exige planejamento, pautado em estratégias administrativas. Não adianta chororô, de que os empresários não ajudam, porque não é só isso. Sem dirigentes e comissões técnicas competentes também não adianta investir.


Não adianta discursos primários, futebol exige maturidade, preparo técnico, psicológico e estrutura. Se houvesse isso, Petrolina teria condições de brigar por títulos. Vejo muito amadorismo ainda. Não conseguimos sair da "casca do ovo", por isso penamos. O estádio não foi recuperado em tempo, e sabiamente foi interditado pelo Ministério Público que exigiu uma análise do CREA que garantisse a segurança dos torcedores. Estamos construindo uma reputação e uma cultura futebolística lamentavelmente tristes que não respeitam nem mesmo um passado amador, porém orgulhoso. Cabe aqui perguntar, porque Fernando Bezerra Coelho também não abraça essa causa? Uma parceria do Petrolina com o Santa poderia agregar valor à causa.


J. Menezes

SANTA VENCE E FBC SORRI COM PROJETO POLÍTICO NA CAPITAL


A vitória suada do Santa Cruz por um a zero, contra o Sete de Setembro, fora de casa, na estréia do Campeonato Pernambucano, voltou a reacender as esperanças do torcedor coral pela recuperação do time que conseguiu a façanha de descer no ano passado para a quarta divisão do futebol brasileiro.

O projeto implantado pelo atual Secretariado de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Fernando Bezerra passa pela reestruturação total do clube, começando pelas obras de melhoria de recuperação do Estádio do Arruda, de atrair apoio de empresários e dos torcedores do Estado de Pernambuco e a conquista de títulos.

Ainda é cedo para fazer qualquer prognóstico, já que o time precisa recuperar a confiança perdida. A vitória de domingo teve esse efeito, mas já foi um passo importante não só para o tricolor, mas para o projeto político de FBC que deseja ganhar mais espaço e simpatizantes do Agreste ao Litoral.


J. Menezes

ODACY NA CAPITAL


O episódio político que culminou com "o cisma" entre O grupo de Gonzaga Patriota e o de Fernando Bezerra para a escolha do candidato a prefeito de Petrolina nas últimas eleições, foi considerado pelos experts da política pernambucana como um "erro estratégico" que confundiu até o governador Eduardo Campos, habilidoso em composições políticas. A discórdia dentro do próprio PSB causou um efeito"paralisante" e de indiferença velada entre as lideranças partidárias,que ficaram "andando em círculos" durante todo o processo. Eduardo preferiu não tomar partido na disputa interna entre Odacy e Gonzaga e o distanciamento mostrou um certo desconhecimento "da realidade daquele momento", enquanto Júlio Lóssio "correndo por fora" crescia nas pesquisas.

O candidato "a candidato", Odacy Amorim que poderia ter vencido o pleito, já que conseguiu agradar boa parte da população nos últimos dois anos de governo, ficou fora do páreo, e chegou a ser criticado por Patriota durante a campanha que cobrava maior engajamento dele e de FBC. Com a vitória de Lóssio, Campos demonstra habilidade. Não quer mais se equivocar e a primeira medida é chamar Odacy "para o ninho" e sondá-lo de perto. Para o ex. prefeito, será uma oportunidade de ouro para amadurecer e se preparar para embates futuros. No fim das contas, Odacy e Lóssio, "foram franco atiradores que aproveitaram as oportunidades" criadas por eles mesmos. Um está na prefeitura e o outro amparado pelo governo do Estado.


J. Menezes

APARANDO ARESTAS

Falando sobre a insatisfação do representante do PSDB Luiz Eduardo Coelho, que teria reclamado por não ter sido lembrado pelo prefeito na composição do secretariado, Lóssio foi lacônico. Relembrou e elogiou as palavras do ex. Deputado Federal Osvaldo Coelho que antes dacampanha sugeria que "estava no momento de outros candidatos que não fossem da família Coelho, participarem do governo em Petrolina". Luiz Eduardo teria dito que a equipe de Lóssio é fraca e desconhecida.
J. Menezes

IMIP

Em Petrolina ainda não houve uma reunião entre o prefeito Júlio Lóssio e Osório Siqueira. Paira um silêncio. O Chefe do executivo se concentra neste início de jornada para conhecer melhor qual foi o balanço deixado pelo ex. prefeito Odacy Amorim. Tem feito reuniões corriqueiras com o secretariado. Em entrevista no Programa Nossa Voz,da Rádio Grade Rio FM na segunda feira, dia 12 de janeiro, Lóssio demonstrou preocupação com o contrato celebrado pela administração passada com o IMIP.

Segundo Lóssio, a prefeitura já deve ao órgão, dois milhões de reais. Solicitou ao seu secretário de saúde para reavaliar o contrato. A vinda do IMIP à Petrolina sempre foi uma das prioridades de Odacy para amenizar os problemas de saúde na cidade, um dos maiores desafios das últimas gestões.


J. Menezes

EXECUTIVO E LEGISLATIVO

As relações entre o Executivo e o Legislativo nem sempre foram as mais harmoniosas, mas neste pontapé inicial de atividades nos dois poderes,será inevitável um encontro para a discussão de temas que são imprescindíveis para as cidades de Petrolina e Juazeiro. Nos primeiros seis meses do ano, os esforços irão se concentrar na organização e planejamento.

Há muitos calouros que terão que se acostumar com a rotina, já os mais veteranos tendem a "largar na frente" no quesito: "jogo de cintura" para atrair a atenção dos munícipes. A arrumação das casas vai consumir tempo, o jogo mais complexo e pesado de bastidores só começa a esquentar depois do primeiro semestre quando as correlações de poder começam a se formar. A expectativa fica por conta da população que renovou os quadros e espera muito dos novos eleitos.

O que vai valer neste primeiro momento, independente das Questiúnculas política, será a postura dos edis. O pleito passado mostrou que os eleitores estavam "de olho" nas decisões e atitudes. Creio que se isso for bem assimilado nas novas casas legislativas, todos vão ganhar, no entanto se permanecer o joguinho de "gato e rato improdutivo" na disputa por interesses que atendem mais ao ego do que à comunidade, o filme pode se repetir e "não valerá à pena ver de novo".

J. Menezes