sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

LANÇADO OFICIALMENTE O FESTIVAL DA SANFONA EM JUAZEIRO


O lançamento aconteceu no Bar Alpendre nesta sexta (27) para a imprensa regional. Foi servido um café da manhã e logo depois uma apresentação dos coordenadores do evento, Celso Carvalho e Targino Gondim que falaram sobre a idéia do festival.

Carvalho fez um resgate da história da sanfona em várias culturas, destacando a importância do instrumento na Europa, nos Estados Unidos, Canadá e a influência dele no Brasil, especialmente no Sul e no Nordeste onde se transformou num símbolo não só da música, mas da cultura Nordestina.

Celso explicou que nomes já consagrados da sanfona como Sivuca e Dominguinhos, respectivamente, contemporâneo e discípulo de Luiz Gonzaga, são exemplos da influência que a sanfona exerce sobre o Nordeste e sobre o Brasil.

Segundo Targino Gondim, o festival é uma oportunidade na só de valorização da música Nordestina e brasileira, mas de mostrar os novos talentos da região para o país. Ele destacou a vinda do artista italiano Mirco Patarini, como um esforço da coordenação, para dá ao festival uma conotação internacional, abrindo espaço para que nas próximas edições, outros grandes nomes da música internacional possam estar em Juazeiro.

Para o jornaista Paulo Gondim, um dos coordenadores do evento, profissionais da grande imprensa do país irã cobrir o evento. Veículos de comunicação como Folha de São Paulo, Rede Globo deTelevisão, TV Brasil e TV Educativa de Salvador, são alguns que já confirmaram a presença.

De acordo com Gondim , a notícia é animadora, mas enfatizou que a divulgação do festival por parte dos profissionais da região é tão ou mais importante do que a grande mídia. “ Precisamos mostrar a força que a música de sanfona tem nas nossas comunidades. Isso vai se refletir no público que irá comparecer aos shows. A divulgação em Juazeiro e Petrolina será fundamental”. Afirmou Gondim.

A entrada em todas as apresentações é gratuita. Além dos shows, o público vai contar com atividades formativas, como exposições, oficinas práticas e palestras como a do jornalista Fernando Gasparini, Mestre em Comunicação pela Universidade Federal Fluminense que vai abordar o tema: “Sivuca, Música e História”.

O Pesquisador José Nobre fala sobre a “Vasta obra de Luiz Gonzaga”. As outras novidades são: o Concerto Solo com Mico Patarini, no dia 17 de março, às 20h no Centro de Cultura João Gilberto em Juazeiro. Já no dia 19 e março, às 20h gravação do DVD “Simplesmente Assim”, com Targino Gondim e os convidados Elba Ramalho e Peu Meurray. O Festival Internacional da Sanfona acontece de 16 a 21 de março de 2009 na Orla de Juazeiro, no Centro de Cultura João Gilberto. As exposições irão acontecer no River Shopping em Petrolina.



J. Menezes

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

BAGDÁ



Há brilho incessante no teu céu milenar
Não são astros incandescentes, são mísseis bagdá

Raios fulmejantes cortam teu céu, espessa fumaça, sangue e lágrimas inundam o velho solo, palcos de tantas batalhas onde repousam inerte as belas mesquitas

Na tua paisagem surreal, o sinistro:fogo que arde sem cessar e enfeia o ocaso na planície árida

Chamas ardentes sob tuas abóbodas nuas contradiz o espírito de luz mergulhado em dor

O silêncio cortante e o aviso sibilar das sirenes, anunciam Bagdá, os ataques em série e a tragédia anunciada

A trégua é fugaz, dura apenas o tempo de contar as baixas, de lamentar os mortos, de contemplar absorto, o crespúsculo precoce da vida

Oxalá Bagdá que nunca mais o teu povo perplexo precise ouvir o temível aviso das sirenes

Que jamais tenha que ouvir os estalidos das baterias anti-aéreas, a esperança ilusória de que os projetéis atinjam alvos imaginários em uma outra dimensão do universo

Avança soldado, tomai posição, mira no alvo, ignora a vida que está alem da trincheira e dispara

A vida ceifada poderia ser a tua guerreiro do deserto, mas atiraste primeiro nos solos do Iraque e ao contrário do soldado abatido, poderá viver e ter pesadelos acordado ou em sono profundo

Sede, febre, tiros, gritos, ruídos, voz de comando, medo. No caos da guerra é morrer ou matar, é a lei da batalha Bagdá

Milhões de vezes vistes o brilho da espada, ora dos vossos soberanos, outras vezes do conquistador ou dos conquistados, agora Bagdá revive o teu inferno de Danthe

Do que restou das sacadas assiste impotente a destruição e o neo martírio do povo

Dente por dente, olho por olho. Para quem serve tua lei Hamurabí?

Numa sociedade históricamente tão desigual e objeto de desejos inconfessáveis e insanos de tiranos. O que ainda estará por trás das garras da águia Bagdá? Por quanto tempo ouvirá os ecos tristes da dor? Até quando vai contar histórias de guerra?

Foste aurora da civilização, berço de sábios. Em tuas terras abrigaste o patriarca do cristianismo. Que querem agora de ti cidade-martir?

Bagdá vai se erguer de novo. Tâmaras anunciam o renascer
Os raros pontos verdes na imensidão árida voltaram a florescer
Há esperança de que as águas do Tigre e do Eufrates jamais voltem a ser manchadas de sangue
Que as palmeiras não precisem silenciar suas copas num protesto de dor
Que a cidade secular jamais volta a escrever com sangue a história do seu povo

Que o ódio e as imagens do horror nunca mais sujem de fuligem a doce lembrança da Bagdá de mil e uma noites, que embalaram o sono e os sonhos de nossas crianças.



J. Menezes

FOLIÃO / BAIANO

A presença dos juazeirenses na festa foi marcante. Professores, estudantes, profissionais liberais, jornalistas, produtores culturais. É interessante estimular a participação dos baianos no carnaval de Petrolina, fazendo um convite formal.
Isso é bom para aproximar ainda mais as duas cidades. No carnaval de Juazeiro, a presença dos petrolinenses é significativa. Esse intercâmbio cultural pode e deve ser estimulado.
J. Menezes

APRENDIZADO / CARNAVAL


O Prefeito Júlio Lóssio esteve todos os dias no “QG” da Folia, não só se divertindo, mas também observando o comportamento da festa. Não há evento, por mais bem organizado que seja que não precise de ajustes e o carnaval de Petrolina não é diferente. É preciso não perder de vista as falhas, registrar também o que deu certo.


Com um diagnóstico na mão fica muito mais fácil melhorar a festa a cada ano Uma reunião de avaliação emvolvendo também a Fundarpe não seria má idéia. É preciso também não ignorar a opinião do folião, ele é isento e pode contribuir muito com o evento.



J. Menezes

AREIA BRANCA / FOLIA

O público sentiu falta de um dos pólos do carnaval, o da Areia Branca na área do Bodódromo, mas a medida foi da Promotoria para evitar poluição sonora naquela área. Nas próximas edições do carnaval o espaço pode ser aproveitado durante o dia com uma programação mais leve.
J. Menezes

AREIA BRANCA / FOLIA

O público sentiu falta de um dos pólos do carnaval, o da Areia Branca na área do Bodódromo, mas a medida foi da Promotoria para evitar poluição sonora naquela área. Nas próximas edições do carnaval o espaço pode ser aproveitado durante o dia com uma programação mais leve.
J. Menezes

OFICINAS / FREVO


As oficinas de carnaval são interessantes para manter vivo o patrimônio cultural. Para quem não conhece os segredos dos passos, as oficinas de frevo antes da festa pode ajudar muita gente e garantir a “memória do carnaval pernambucano”.
J. Menezes

FREVUCA / MOBILIDADE

O Arrastão Frevuca fez a sua parte, animou os foliões nas ruas e nos bairros, mas houve quem sentisse falta de mais movimentação nas ruas, promovendo maior mobilidade da festa. Talvez o resgate das velhas batucadas e dos desfiles de carroças com uma nova “releitura” possa ser resgatada nos próximos anos.
J. Menezes

AMBULANTES / AVENIDA

A presença dos ambulantes foi benéfica porque deu a oportunidade para que muita gente pudesse garantir uma renda extra durante a festa, mas na decida da avenida, no sentido orla, ocorreu o mesmo problema. A passagem ficou estreita e com um certo desconforto.
J. Menezes

AMPLIAÇÃO / CIRCUITO

Em média 3000 pessoas/dia compareceram à festa no Circuito da 21 de Setembro. O maior público registrado foi no domingo, cerca de 8 mil pessoas. No próximo ano, é preciso criar uma alternativa nova para o circuito do centro, pois embora o local tenha sido aprovado, ficou claro que o espaço não comporta um público maior.
Quando os blocos passavam na avenida, “na direção da orla”, a Polícia Militar fazia o seu trabalho nos flancos do corredor para facilitar a passagem dos blocos e o público que queria assistir, ficava espremido nas calçadas.
J. Menezes

EQUIPE / FUNDARPE

Presença cativa do pessoal da Fundarpe no circuito da folia. Importante o apoio ao carnaval de Petrolina e a valorização da cultura pernambucana. A descentralização das ações estimula as manifestações culturais do interior do estado. Que esse esforço seja estendido para outros eventos.
J. Menezes

ENCONTRO / IMPRENSA

Na correria do dia a dia, é sempre complicado o diálogo entre os profissionais de imprensa, mas o carnaval de Petrolina, esses encontros “relâmpagos” foram possíveis, seja no palco ou no circuito da festa. A equipe da SG News presenciou e registrou vários desses momentos, como antes da chegada de Geraldo Azevedo no Pólo da 21 de Setembro. Puderam se confraternizar e conversar os jornalistas Carlos Laerte da Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Petrolina, Kátia Gonçalves, também da prefeitura, Isabela Ornelas e Anastácio da TV Grande Rio, Gisa Ramos e Antonio Amorim da TV São Francisco, J.Menezes, Cristiano Lima e Cicinho do Portal SG e SG News e Danilo Ribeiro da Emissora Rural.
J. Menezes

GERALDO / REENCONTRO


Nos camarins, antes de iniciar o seu show no Palco da 21de Setembro, Geraldo Azevedo foi muito cumprimentado. Deu entrevistas, atendeu aos que o receberam, mas praticamente nem entrou no camarim, foi direto para o palco fazer o que mais gosta e mais uma vez cantou e encantou.



J. Menezes

INAH TORRES, CELEBRANDO O CARNAVAL E NELSON MOURA


A conselheira e “mãezona” dos jornalistas de Juazeiro e Petrolina, Inah Torres, prestigiou o carnaval de Petrolina e como sempre os seus colegas de trabalho. Estava lá com a sua inconfundível “maquina”, clicando” e registrando tudo como “uma foca”, tamanha a garra e o amor pela cultura e pela profissão.

A presença de Inah no circuito do carnaval foi inspirador para os jornalistas e para os seus admiradores. Ela também celebrava o esposo Nelson Moura, um dos símbolos do carnaval de Petrolina, homenageado na festa. Valeu Inah, foliã de primeira, mas antes de tudo profissional e amiga.


J. Menezes

CARNAVAL / FANTASIAS

Os foliões voltaram com força total neste carnaval a usar fantasias. Tinha para todos os gostos. Indumentárias dos faraós do Egito, “máscaras dos máscaras”, perucas “Black powers”, famílias inteiras com roupas inspiradas na bandeira de Pernambuco, chapéus e óculos estilizados, as velhas e belas sombrinhas, homens “e não eram poucos”, vestidos de mulher, outros cheios de plumas e paetês, um grupo de adolescentes vestidas com vestidos de noiva, foliões com camisas havaianas e acredite: houve quem aparecesse com os velhos macacões que nos anos 70 e 80 tinham o mesmo valor de um abada. Vale tudo quando a questão é folia.
J. Menezes

CARNAVAL / ESTUDANTES

No carnaval de Petrolina, muita gente jovem entrando no ritmo do frevo. São as caras novas da cidade. Estudantes da Univasf que não viajaram no período. Estão participando ativamente da festa.
J. Menezes

domingo, 15 de fevereiro de 2009

SUBLIME PRAZER


O gosto amargo do desencanto entristece, entorpece, arrefece o coração, lançando-o na solidão da sargeta glacial.
A alma melancólica implora por vida, deseja ardentemente o sublime prazer.
O sublime prazer é a água que cai sobre o rosto suado, revigorando as energias do corpo cansado
É o bocejar distraído denunciando as peripécias do ontem
É a liberdade de escolha, é o desvendar do quebra cabeça
É a lembrança do perfume que marcou, é a música antológica
É o flerte inocente e arrebatador, é o xeque mate
É o abraço espontâneo, a risada estrondosa, é o soco no ar
É o andar elegante, o balançar sensual dos cabelos
A mordida no lábio, exprimindo emoção
É a inteligência surpreendente da criança, a sede de viver do velho
É a sabedoria do não letrado, o carinho do pai, o justo reconhecimento, é a sede saciada
É a conquista do título, o drible desconcertante, é o êxtase do gol
Sublime prazer é o livro de cabeceira, a inquietação do adolescente, o lançamento do filme, o sono o não na hora certa
É o charme inocente da “Lolita”, o toque discreto, a resposta esperada, a saúde perfeita, é a viagem
Sublime prazer é o almoço do domingo, a dança, o aconchego do cobertor
O beijo da menina dos olhos, a força do amigo, a privacidade do quarto, as compras do fim do ano, o reencontro
Sublime prazer é dirigir descansado, é a sexta feira à noite é a piada nova
O dez da prova, a boa nova do médico, é o sambão no passeio, é a força enigmática do olhar
Sublime prazer é o astral elevado, a boa ação, é o espreguiçar na rede
É a chuva que cai, é a cumplicidade dos amantes, é o arco-íris, o céu azul
É a sombra, a água fresca, é o texto concluído é a inspiração



J. Menezes

SANEPAV III

Enquanto isso a oposição já começou a se manifestar afirmando que há também um componente político nas denúncias. Segundo fontes, o prefeito Júlio Lóssio havia se comprometido com a Venâncio Construtora para que a empresa assumisse o trabalho de recolhimento do lixo na cidade, um compromisso político. A questão agora deve ir para análise do Tribunal de Contas.

A ”pergunta que não quer calar” diante de tudo isso, é: e os 170 funcionários da SANEPAV como ficam na questão? Sabe-se que a SANEPAV acertou com a Prefeitura de Juazeiro. A empresa vai contratar os funcionários de Petrolina? O Prefeito Isaac Carvalho, certamente não vai aceitar isso, tendo em vista que o interesse é beneficiar os trabalhadores de sua cidade. Neste caso, a Prefeitura de Petrolina não pode ser indiferente a um problema social sério.

A SANEPAV é responsável pela contratação dos trabalhadores, mas neste momento, o governo não pode ignorar o problema, pois várias famílias ficarão sem renda num momento de crise econômica.


J. Menezes

SANEPAV II

O Secretário de Governo da Prefeitura de Petrolina, Patrício Valgueiro em audiência pública na Câmara Municipal confirmou irregularidades no repasse de recursos da Prefeitura Municipal nas administrações passadas no valor de 5 milhões de reais para a empresa SANEPAV .

Segundo Patrício, a empresa terá que devolver o dinheiro para a prefeitura e explicou que o valor, daria para a prefeitura construir 100 novas salas de aula no município, 10 postos de saúde e na pavimentação de ruas.


J. Menezes

SANEPAV/ DENÚNCIAS

Desde a semana passado comenta-se em Petrolina denúncias sobre supostas irregularidades na SANEPAV, empresa responsável pelo recolhimento do lixo na cidade.

Seria irresponsável e leviano por parte de homens públicos, da imprensa ou da opinião pública fazer qualquer julgamento, juízo de valor ou prognóstico precipitado sobre algo que ainda não foi totalmente esclarecido. Todos cairiam na “vala comum” do denuncismo que é uma praga.

As denúncias dão conta de possíveis irregularidades da empresa com dinheiro público. A SANEPAV tem contrato com a prefeitura desde 2001 e só terminaria em 2011. No entanto, cabe aos poderes constituídos, empreender uma investigação séria e apurar a verdade sobre as denúncias.

Os cidadãos precisam desse esclarecimento. Só denuncismo puro e simples não resolve, é preciso ter provas claras e cabais sobre o que realmente ocorreu e a partir daí a justiça tomar as providências cabíveis.

Depois da Lei de Responsabilidade Fiscal, o que não pode mais ocorrer é improbidade administrativa. O país precisa se libertar dos vícios na gestão pública. “Os esquemas” corroem a máquina pública, fortalece a cultura da impunidade, baixa a estima dos cidadãos e enriquece “facínoras” da noite para o dia.
J. Menezes

PACOTÃO DA BONDADE


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se defendeu das críticas feitas nos últimos dias por políticos e jornalistas sobre o lançamento do que denominou chamar de “Pacotão da Bondade”.

Segundo os críticos, o pacote para resolver pendências dos governos municipais com o INSS e que prevê também empréstimos para o funcionalismo público nas três esferas, investirem na compra da casa própria, a iniciativa de Lula seria eleitoreira, tendo em vista as eleições de 2010, na qual o presidente já manifestou o interesse em lançar Dilma Rouseff como sua candidata.

Os argumentos do presidente foram feitos durante a reunião com os prefeitos em Brasília na última terça feira. Lula afirmou que perguntaram a ele como ele daria dinheiro para “prefeito bandido”.

Por mais que o presidente possa espernear, não vai adiantar. Qualquer ação que tenha conotação política a partir de agora será interpretada pela oposição como projeto eleitoreiro. As obras do PAC são um exemplo disso. É flagrante, por exemplo, a presença de Dilma na maioria das obras que receberam o “selo do PAC”.

No caso da reunião com os prefeitos, as críticas recaíram não só em relação ao convite de Lula, mas, sobretudo por causa “da gastança” dos chefes dos executivos na Capital Federal, interpretada como uma farra. Muitos levaram as primeiras damas e ai a situação piorou. Era o que a mídia queria.


J. Menezes

AS PRIORIDADES DA PREFEITA DE LAGOA GRANDE

A Prefeita eleita de Lagoa Grande, Rose Garziera do PMDB, afirmou que sua primeira ação como chefe do executivo, será pedir um auditoria nas contas da prefeitura. Em relação às prioridades do governo apontou educação, saúde, política social e infra-estrutura como as principais.

Rose destacou os problemas de saneamento e calçamento e fez uma promessa: “deixar a cidade 100% saneada. Rose Garziera tem uma oportunidade ímpar de fazer o melhor governo da recente história do município, voltando às ações administrativas, verdadeiramente para os problemas da comunidade.

Pelo menos a princípio, fazer promessas megalomaníacas sobre “obras de pedra e cal”, como é a cultura clientelista e paternalista da política brasileira não tem muito sentido num município repleto de carências. Administrar o município como se gerencia uma vila ou um feudo também não é inteligente.

Desde a emancipação, várias frustrações de ordem política administrativa prejudicaram o desenvolvimento da cidade. O que Lagoa Grande precisa agora é se libertar de “vícios politiqueiros” e encontrar o equilíbrio. Creio que o melhor caminho para começar é não abrir mão da transparência, do senso de justiça e de responsabilidade social e respeitar o cidadão. A cidade precisa de fato, começar um novo ciclo de gestão pública.

O político italiano Frederico de Médici, afirmava: “se a minha casa vai bem, o governo vai bem”. Oxalá que os cidadãos lagoagrandenses possam em breve repetir isso com entusiasmo.
J. Menezes

PÊRA E MAÇÃ NO VALE


A história mostra que a monocultura tem um “prazo de validade” e quando expira, é como um “efeito dominó”. No Brasil aconteceu com a cana de açúcar, com o café, com a borracha e também o cacau.

Os estragos na economia de um país ou de uma região causados pela hecatombe de um sistema produtivo tem um efeito terrível e não é uma questão apenas de dinheiro perdido, é toda uma cultura que se desfalece. Felizmente, o Vale do São Francisco começa a levar mais a sério a idéia da diversificação de produtos agrícolas e a primeira boa notícia, foi à experiência feita com a cultura da pêra no Projeto de Irrigação Bebedouro.

Tradicionalmente cultivada em regiões de clima temperado, está surgindo como uma alternativa promissora no Vale do São Francisco. O engenheiro agrônomo, Paulo Roberto Coelho Lopes, da Embrapa Semi-Árido, estuda a adaptação da fruta na região desde 2005 e as perspectivas são promissoras.

Até agora foram feitos testes com duas variedades procedentes do Instituto Agronômico de Campinas – IAC. O experimento também foi feito com macieiras e os resultados também foram animadores. A primeira colheita de maçãs foi feita na segunda quinzena do mês de dezembro do ano passado.
J. Menezes

ABC DO CARNAVAL


A mais famosa festa da capital baiana virou tema de um folheto de cordel, denominado, “ABC do Carnaval. O livreto foi criado pelo poeta petrolinense Wladimir Cazé e será lançado no dia 14 de fevereiro às 18h no Café com Arte em Petrolina.

O ABC do Carnaval é uma homenagem poética à música baiana. O folheto aborda através do humor os personagens e lugares de Salvador que marcaram a história do Carnaval.

Os foliões 'pipoca', a violência, a origem do trio elétrico e dos blocos afro são outros aspectos tratados no folheto A publicação é da editora independente “Edições K”, que entre os anos de 2004 e 2005, publicava obras de autores de várias regiões do país como: Mayrant Gallo da Bahia e Marcelo Benvennuti do Rio Grande do Sul e Estevão Azevedo de São Paulo.
J. Menezes

INSEGURANÇA ALIMENTAR


A Comissão Regional de Segurança Alimentar realiza nos dias 12 e 13 de fevereiro no Hotel Rio Center em Juazeiro uma oficina com o objetivo de mobilizar a sociedade civil e o poder público na busca de soluções para o problema da fome na região.

A oficina é uma das ações do Projeto “Construindo Capacidades em Segurança Alimentar no Brasil e em Angola, um projeto piloto que vem sendo implementado em parceria com o Centre for Studies in Food Security, da Universidade Canadense Ryerson University e o Centro de Referência em Segurança Alimentar e Nutricional, da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.

A Comissão de Segurança Alimentar e Nutricional trabalha com a perspectiva de assegurar a todos os cidadãos o acesso aos alimentos em quantidade e qualidade necessárias ao seu desenvolvimento e à nutrição, desde a gestação até a idade adulta.


J. Menezes

domingo, 8 de fevereiro de 2009

CARNAVAL / RESULTADOS

O balanço ainda não foi contabilizado, mas a realização do Pré-Carnaval de Juazeiro aponta um superávit, segundo fontes da Prefeitura Municipal. O temor da crise econômica na véspera do evento foi agora totalmente dissipado.

O valor de pouco mais de um milhão de reais investidos, deve ser superado com um arrecadação que chega próximo dos cinco milhões, envolvendo as transações comerciais na venda de bebida, alimentos, contratação de trabalho temporário, transporte, prestação de serviço, confecção de abadas e acessórios, entre outros.

J. Menezes

IVETE / CARNAVAL


Ivete Sangalo foi à grande ausência do Pré-Carnaval de Juazeiro em 2009. Presença sempre obrigatória em anos anteriores, primeiro pelo fator de constar no “primeiro time” da música brasileira, independente do ritmo, há mais de dez anos, segundo por ter nascido na cidade e sua presença sempre solicitada.

O público absorveu bem a ausência da cantora, mostrando que a variedade de atrações disponíveis em Salvador no período que antecede o carnaval de Juazeiro, facilita a contratação de artistas de renome, como Margareth Menezes, Chiclete com Banana e Harmonia do Samba. Ninguém tem bola de cristal, mas dificilmente Ivete ficará dois anos consecutivos sem participar da maior festa da cidade.


J. Menezes

JUAZEIRO E PETROLINA

A interdependência entre Juazeiro e Petrolina, aumenta ano a ano ao contrário do que ocorria no passado com o efeito negativo provocado pelo bairrismo. As duas cidades nunca estiveram tão juntas, não somente pela ligação da Ponte Presidente Dutra e o movimento comum de um lado e outro do rio de estudantes, trabalhadores, professores e profissionais liberais.

O carnaval deste ano foi um exemplo desta aproximação. Frevos originais como “Voltei Recife” de Capiba, apareceram nos repertórios das bandas. É o reflexo de um carnaval que tende a valorizar mais o aspecto cultural como antes, sem deixar de reconhecer as inovações. No palco alternativo da Rua da 28, os grupos folclóricos Maracatujaba do Bairro Henrique Leite e o Samba de Velho da Ilha do Massangano, se apresentaram, sendo aplaudidos pelos foliões das duas cidades que prestigiavam as apresentações.

No sábado o grupo Matingueiros, fez o seu show, logo após a apresentação de Jerônimo. O prefeito de Petrolina Júlio Lócio que compareceu na festa foi também saudado na avenida pelos juazeirenses e uma parcela significativa dos foliões presentes hoje no carnaval é de Petrolina.
J. Menezes

ALÔ PREFEITO

O prefeito Isaac Carvalho amanheceu o dia no circuito da folia, na noite do sábado para o domingo. Aparece nos trios elétricos, no palco alternativo e nos camarotes. Segundo informações, a troca de telefonemas com os assessores dentro do circuito da festa tem sido mais intensa desde o início do evento. O carnaval é o primeiro “teste de fogo” do novo prefeito e ele sabe disso. Não quer “dar sopa para o azar”, principalmente quando as coisas estão indo bem.
J. Menezes

SÁBADO DE MARGARETH E TREM DE POUSO

Margareth Menezes voltou a Juazeiro com a marca de um show bem ensaiado, valorizando um repertório escolhido cuidadosamente. “Puxando o Bloco Sei Lá”, a cantora não abriu mão dos antigos sucessos, mas inovou em alguns arranjos, dando maior leveza em sua performance.

Os foliões vibraram. A Banda Mina de Salvador, apresentou a Juazeiro à cantora Mariana, que mostrou desenvoltura, graça e sensualidade na avenida. A Mina é séria candidata ao rol das novas bandas que renovam a música baiana.

Quem demonstrou maior comunicação com o público foi o cantor Ninha da Banda Trem de Pouso que “aterrissou na avenida” em alto estilo, animando o Bloco Opass. A passagem foi triunfal. O mesmo carisma demonstrado no tempo da Timbalada se repetiu e agora com mais maturidade.

A Carreta foi literalmente puxada pelo Bonde do Maluco que com suas coreografias inusitadas e seu ritmo alucinante marcou presença em todo o circuito da festa. Mas a noite do sábado e a já madrugada do domingo tiveram também a participação competente dos artistas “prata da casa”.

Rural Éxeque, Musical Graffite com o Bloco do Pinico, Nanaê com o Pimentinha, Cesar Adriano com sua vaquejada e o brega adaptados para a folia, e o estilo versátil de Alan Kleber, receberam os aplausos dos foliões.
J. Menezes

BANHEIROS / DECENTES

Outro ponto bastante elogiado no Pré-Carnaval de Juazeiro foram os banheiros químicos. Segundo os foliões, além de funcionais, estavam sempre bem cuidados, mesmo às três horas da manhã já próximo do final dos shows.

Mesmo na diversão, o conforto e a higiene são essenciais, numa festa pública, na qual o consumo de bebidas é alto e o conseqüente uso do banheiro constante pelos foliões.
J. Menezes

GERÔNIMO I

O cantor Gerônimo fez um apelo meio irreverente no final de sua apresentação no palco do Carnaval Alternativo de Juazeiro. Primeiro afirmou que Juazeiro poderá ter o maior carnaval da Bahia e disse que quer está na cidade para conferir a “profecia”.

Bem humorado, o sociólogo/cantor, pediu para o povo “exigir” o seu retorno no próximo ano. Se depender da resposta dada pelo folião, Gerônimo vai voltar é antes do carnaval de 2010. Um artista como ele nem precisa fazer esse tipo de apelo. No palco da 28, “só não fez chover”.

Gerônimo foi um dos maiores nomes da renovação da música baiana na década de 1980. Estudioso da cultura baiana, compôs músicas como Jubiabá e “É D’Oxum” que contou com o arranjo de Dori Caymmi. O sucesso mais lembrado é a música “É doxum”, que já se transformou num dos hinos da Bahia.

J. Menezes

GERÔNIMO II

Um show com “charme e distinção”, e com aquela malemolência típica e sensualidade do bom baiano. Vestido numa roupa branca e característica que lembrava um “soberano africano”, Gerônimo foi generoso com os “súditos”.

Com um repertório "selecionadíssimo", fez uma apresentação empolgante, cantou, filosofou e ensinou como deve ser a postura de um artista no palco, com respeito, atenção e carinho ao público.

Com uma platéia bem afinada, mostrou que está melhor do que nunca. No final do show, o público pediu “mais uma” e Gerônimo atendeu cantando novamente “É doxum”.
J. Menezes

PAUSA INCÔMODA

Uma pausa no meio do show de Gerônimo para que os grupos folclóricos pudessem se apresentar no palco alternativo da Rua 28 causou um pequeno constrangimento no cantor e na banda que o acompanha.

Nem mesmo o público entendeu a parada abrupta, que quebrou o ritmo da apresentação e exigiu um reordenamento do repertório do cantor. O problema não foi à apresentação folclórica, mas a interrupção repentina que deixou Gerônimo intrigado.

“A estratégia estava no script da coordenação? Era um intervalo? Não houve explicações, pelo menos naquele momento.

Ruídos de comunicação acontecem, mas parar um show, entrar outra atração no meio, sem nenhuma ligação ou ensaio prévio é no mínimo pouco usual. O problema não comprometeu a performance. O cantor não reclamou e logo retomou o show com o mesmo entusiasmo de antes.
J. Menezes

sábado, 7 de fevereiro de 2009

CARNAVAL / ECLÉTICO


Não é fácil atender a todos os gostos, mas no carnaval é possível diversificar as ações. A prova disso é o carnaval de Juazeiro deste ano. Um carnaval eclético que optou pela mistura de ritmos e distribuídos no palco alternativo e na avenida. Essa diversidade atrai o folião e não só aquele que gosta do "axé music" dos últimos cinco anos, não só os que "debutaram" na avenida, embalados por IveteSangallo, Chiclete, Asa de Águia, Margareth Menezes, Harmonia, Araketu ou Timbalada, mas os que se acostumaram a um carnaval em que as estrelas eram Morais Moreira, Armandinho, Dodô e Osmar, Pepeu Gomes,Baby Consuelo, Gal Costa e mais tarde Banda Reflexus, Gerônimo, Luiz Caldas entre outros.
Um exemplo claro de que o folião reconhece a qualidade musical foi o show de André Macedo, filho de Osmar Macedo,ícone do carnaval baiano ao lado de Dodô e Armandinho, os criadores da"guitarra baiana" e do trio elétrico. Foliões de três gerações estavam lá vibrando com o show de Macedo. O público pediu "bis".
J. Menezes

BASTIDORES / CARNAVAL



A Polícia Militar montou uma estrutura ao longo do circuito que não é apenas móvel. Pontos de apoio estruturados ao longo da avenida possibilitam maior poder operacional. Outra providência é o patrulhamento nas ruas próximas à avenida, evitando furtos e assaltos nas imediações da Adolfo Viana. A integração do trabalho das forças policiais em festas de largo como o carnaval é sempre lembrada, mas na prática, nem sempre o resultado é o esperado. Esse ano percebe-se uma integração. Policiais civis, militares, Polícia Federal e Guarda Municipal estão espalhados em todo o circuito da festa, especialmente em pontos estratégicos.

Na ponte Presidente Dutra uma operação envolvendo as forças policiais monitoram o trânsito na via federal, reforçando a segurança entre as duas cidades, especialmente no retorno dos petrolinenses para casa após às duas da madrugada. Para quem mora em Petrolina as barquinhas foram providenciais. Quem vem de carro e reside nos bairros periféricos pode deixar o veículo na Orla e atravessar de barquinha, evitando a dificuldade de estacionamento em Juazeiro, próximo ao circuito do carnaval. Depois da"lei seca" todo cuidado é pouco e quem cometer a infração de beber e dirigir certamente terá uma ressaca "inesquecível", não só da bebida, mas da multa que não é nada agradável.

A tradição de usar as varandas, sacadas das casas e prédios para acompanhar a festa permanece mais viva do que nunca. São "camarotes improvisados" que se transformam numa festa familiar ou de amigos. Nos projetos dos prédios da Adolfo Viana, pode faltar tudo, menos uma sacada que possa abrigar gente pra lá de animada durante o carnaval.

Outra tradição que faz parte dos carnavais do passado, mas que ainda permanecem, são as "figuras exóticas" da festa. De repente é uma peruca estilizada bem ao estilo "Black Power", em outros, roupas extravagantes, multicoloridas, maquiagens singulares, mas nada substitui o espírito de carnaval. Com esse sentimento nem precisa se fantasiar, basta distribuir simpatia e alegria e à noite está garantida.

O público que acompanhou o Chiclete foi grande como sempre, mas a idéia do portão nas imediações da curva da Adolfo que dá acesso aos camarotes foi providencial, já que a cada ano aumenta o número de foliões e o espaço vai ficando mais estreito, no entanto mesmo sem o portão, não foi registrado nenhum incidente. Os cuidados preventivos e durante a passagem da banda impediram maiores problemas. Aliás, o circuito da festa é um dos grandes desafios para os coordenadores do carnaval de Juazeiro. Muito já foi pensado a respeito, até em inverter o desfile das bandas e blocos, transformando a concentração na "apoteose" e a Orla na concentração, mas não mudaria muito a situação, principalmente por causa da curva que dá acesso a Adolfo Viana, considerada estreita para a passagem de foliões e trios elétricos. Enquanto não aparece uma solução, o jeito é investir em segurança e educar o folião.

J. Menezes

IMPRENSA / CARNAVAL


A imprensa não entra nos camarotes do Pré-Carnaval. A decisão é da empresa que privatizou o Pré-Carnaval. Do lado da imprensa, que só está interessada em cobrir o evento, nada de errado, afinal os jornalistas estão lá para trabalhar mesmo e os camarotes são para"quem está pagando" e quer privacidade. "Bicão", existem em qualquer profissão e acredito que os verdadeiros profissionais de comunicação que se respeitam e respeitam a sua profissão tem dignidade o bastante para não querer passar por constrangimentos.

Mas é preciso esclarecer, que dentro dos camarotes também tem informação, porque quem está lá certamente não está acima do bem e do mal, nem mesmo a empresa organizadora. Embora reconheça que é preciso respeitar a propriedade alheia. Ela está se beneficiando na cidade de Juazeiro e deveria respeitar os profissionais que estão trabalhando. Não precisa ser gênio, para entender que os profissionais que não estão trabalhando, não precisam estar lá e é fácil identificá-los. É preciso entender que a matéria prima do jornalista é a notícia e essa forma de tratamento que não aceita nem a credencial de jornalista é certamente arrogante, antidemocrática, deselegante e desnecessária.

Foge completamente do espírito do carnaval que como festa popular deveria pregar a pluralidade e o respeito aos profissionais de comunicação. Nos camarotes, das duas uma, ou ignoraram isso, ou desconhecem os princípios básicos da comunicação que defende a liberdade de expressão e o direito inalienável de "ir e vir". Vamos torcer para que até o fim do carnaval, os camarotes "não rendam notícia".

J. Menezes

MÚSICA TEMA

RETALHOS DE CETIM

Ensaiei meu samba o ano inteiro,
Comprei surdo e tamborim.
Gastei tudo em fantasia,
Era só o que eu queria.
E ela jurou desfilar pra mim,
Minha escola estava tão bonita.
Era tudo o que eu queria ver,
Em retalhos de cetim.
Eu dormi o ano inteiro,
E ela jurou desfilar pra mim.
Mas chegou o carnaval,
E ela não desfilou,
Eu chorei na avenida, eu chorei.
Não pensei que mentia a cabrocha,
Que eu tanto amei...
BENITO DE PAULA

domingo, 1 de fevereiro de 2009

TRANSIÇÃO / LAMENTOS




Não tem sido poucas a reclamações da gestão Júlio Lóssio em relação às obras deixadas por Odacy Amorim. É fato consumado que o período de dois anos não foram suficientes para que Amorim pudesse concluir os projetos que havia projetado. Quem acompanhou os últimos dias de governo percebeu que a correria para concluir, por exemplo, a revitalização do centro foi grande, mesmo assim não deu para concluir tudo.

Faltou um melhor planejamento inclusive para efetuar os pagamentos nos prazos acordados? Houve precipitação em querer concluir as obras “em cima da hora”? Sim, mas estava óbvio que parte dos compromissos só seriam resolvidos na gestão seguinte. Não daria tempo mesmo. O que prevaleceu na verdade foi à vontade de Odacy em deixar a “sua marca”, mesmo num mandato “tampão”. O desejo foi maior que a coerência? Os fins justificam os meios? A comunidade pode fazer o seu julgamento.

É até normal do ponto de vista político e salutar para a nova administração está esclarecendo os fatos junto à comunidade e mostrando o que não julga correto, acredito que pela pessoa que é o próprio Odacy também não tem interesse em ocultar nada de sua gestão. O que não pode ocorrer é uma “caça às bruxas”, isso soa como uma campanha. Caça as bruxas ainda não, mas a impressão é que começou uma “cassada política” ao ex. prefeito e tende a esquentar na medida em que nos aproximarmos do próximo pleito em 2010.

O IMIP parece ser “o fiel da balança” das críticas. Odacy não tem respondido aos ataques, talvez esteja “recarregando as baterias” para se pronunciar e defender seus pontos de vista mais tarde. Esse parece ser apenas um aperitivo da próxima campanha para deputado estadual.

O que ocorre é que as os critérios de transição de um governo para o outro, precisam ser repensados com mais maturidade, racionalidade e tempo, para que esses constrangimentos e “lamentos tardios” sejam evitados. Eles não são bons para quem está no poder porque parece perseguição sobre quem saiu e não são bons para quem saiu, pois passa a idéia de uma postura negligente. No meio do fogo cruzado fica o povo, atônito.

J. Menezes

HERANÇA / INCÔMODA


Continua repercutindo em Juazeiro, o caso do sucateamento das ambulâncias do Samu e outras aberrações encontradas pela gestão de Isaac Carvalho ao assumir a prefeitura no início de janeiro. O ex. vice-prefeito da cidade, engenheiro Antonio Carlos Chaves, e militante político do PSOL, cobrou como cidadão providências da atual gestão, no sentido de levar o caso à justiça e não ser indiferente ou omissa, prática até bem pouco tempo comum em municípios brasileiros.

Apesar da Lei de Responsabilidade Fiscal ter sido instituída, o descaso com o cenário público ainda é uma prática que resiste no país. Denota que a gestão pública ainda é vista como “feudo” de quem está no poder. Os chamados “elefantes brancos” - obras iniciadas pela administração anterior e não concluídas pela gestão seguinte são claramente retratos, com raras exceções, da cultura brasileira no quesito gestão pública. Geralmente, apresentam sintomas como irresponsabilidade, revanchismo, desrespeito ao cidadão, falta de maturidade e senso de coletividade.

J. Menezes

SINDILOJA / ZONA AZUL

O Sindiloja em Petrolina está cobrando da EPTTC, rever uma reivindicação do setor oficializada em 2006 à Prefeitura Municipal no sentido de que 12% do valor arrecadado pela zona azul sejam repassados ao Sindiloja para despesas no centro comercial. Segundo Joaquim de Castro, presidente do Sindicato dos Lojistas, o acordo foi celebrado durante a gestão do então prefeito Fernando Bezerra Coelho.

A EPTTC ficaria com a obrigação de repassar cerca de R$ 6 mil mensais o que segundo Castro equivale a cerca de R$ 72 mil por ano, mas o ocordo nunca foi cumprido. Cabe agora ao Prefeito Júlio Lóssio voltar à mesa de negociação com Joaquim Castro e primeiro esclarecer o acordo, saber o que justifica o repasse e analisar a real necessidade do valor a ser repassado.
J. Menezes

JUAZEIRENSE E OAB


O egresso da UNEB/Juazeiro Elton Luiz Freitas, ficou em primeiro lugar no exame obrigatório da seccional Bahia da OAB realizado em Salvador. A conquista de Elton é um “tapa de pelica” na velha política de indiferença das reitorias com o curso superior no interior. Desde que foi instituído o curso de Direito em Juazeiro vem se notabilizado como um dos destaques do Nordeste e um dos melhores do país.
Isso mostra a necessidade das reitorias, especialmente na Bahia, olharem com mais atenção para as unidades do interior, não só no que diz respeito à políticas de valorização do corpo funcional dessas instituições, mas de investimentos mais generosos que possibilitem a melhoria da estrutura geral. Hoje a UNEB/Juazeiro sofre com a falta de laboratórios, maior acervo bibliográfico e ausência de um auditório condizente com as necessidades da instituição.

J. Menezes

IRMÃ DOURADO E O PETRAPE


Continua internada num Hospital particular em Petrolina, a freira Maria Eurides Dourado, mais conhecida como “Irmã Dourado”. Ela foi vítima de um traumatismo craniano ao cair no seu aposento. Ela tem 85 anos e é fundadora da entidade Pequenos Trabalhadores de Petrolina – PETRAPE.

A religiosa começou a dar os primeiros passos para a criação do PETRAPE em 1978, mas a fundação de fato só ocorrera em 1983 para abrigar crianças em situação de risco e abandonadas pelas famílias. Manter a entidade beneficente nunca foi fácil, a freira sempre teve que recorrer, principalmente a entidades beneficentes do exterior. Mesmo assim, gerações de crianças foram salvas das estatísticas lamentáveis em virtude do trabalho da religiosa, que registram jovens encarcerados, mutilados, doentes ou até mortos por causa do abandono.

J. Menezes

PRODUTORES II


Por enquanto quando se fala em produtores, as autoridades governamentais se referem aos empresários do setor de fruticultura. Até o momento não ouvi nenhuma menção aos pequenos produtores de banana, acerola, maracujá e etc. Esses estão “no sufoco”, primeiro pelo preço cobrado pela água consumida nos perímetros irrigados, que varia entre R$ 800,00 e R$1.300,00, pelas dificuldades em obter crédito e terceiro porque no primeiro semestre de cada ano ficam assustados com os ventos.

No que diz respeito aos que lidam com a cultura da banana, as perdas de plantios acontecem anualmente. Em 2009 já houve quem perdesse parte da produção. As representações dos pequenos produtores precisam cobrar também do governo, recursos que garantam sustentabilidade para esses agricultores. São eles que mantêm os produtos no mercado para consumo interno, diferente dos grandes empresários que estão voltados para o mercado externo.

J. Menezes

FÔLEGO/PRODUTORES


A linha de crédito especial liberada pelo governo federal para os produtores do Vale do São Francisco, no valor de R$ 170 milhões, deve aliviar a pressão sobre os produtores e minimizar os efeitos da crise e das negociações com os trabalhadores. Os recursos são oriundos do BNDES e vão contemplar nove estados e vão contemplar 9 estados do Nordeste, Norte de Minas e do Espírito Santo. Os produtores terão um ano de carência e três anos para começar a pagar o empréstimo. O dinheiro será liberado em 20 dias.

Com a garantia desse recurso, as negociações entre os empresários do setor de fruticultura e das representações dos trabalhadores poderão negociar os salários numa outra perspectiva, já que havia uma ameaça de demissão de 40 mil trabalhadores, só no Vale do São Francisco. Cabe também ao governo fiscalizar a aplicação desse dinheiro que não se constitui em presente, mas em salvaguarda social num momento de dificuldades.

J. Menezes