domingo, 8 de março de 2009

MULHER


Você tem o sal da vida

A força oculta da inspiração

A leveza da menina dos olhos

Seu corpo rijo é um convite ao amor

A volúpia que emana dele é uma ironia

Ao pudor, é um verso materializado

A juventude em você salta aos olhos

É seiva de planta tenra

Bálsamo para os corações aflitos

Por falar em olhos, eles são entorpecentes

Falam, desnudam sua alma sublime

Tua boca é um capricho de ninfa

Seu beijo, morno como água de termas,

Implacável,arrebatador, quase eterno

Seu abraço,ardente como calor de verão

Seu colo não menos cálido

Os afagos, ternos e constantes

Teu porte de fêmea superior, contrasta com o gesto

Desconcertante de menina, que expõe a cândidaTimidez

Você é assim: forte para chorar quando é preciso

Intuição latente e sutil, livre para dizer sim ou não,

Capaz de ter o mundo aos pés,

disposta a morrer por um ideal.

Você é mulher.



J.Menezes

REFORMA / ADMINISTRATIVA

A contratação de 40 novos assessores para a Câmara Municipal de Vereadores em Petrolina, está gerando polêmicas. A idéia prevê o aumento de nove para 11 assessores para cada vereador. Atualmente cada vereador da Casa Plínio Amorim tem nove assessores com acontratação de mais dois ficaria com 11.

A presidência da câmara teria direito a mais quatro, ficando com 13 no total. Segundo o vereador Dr. Pérsio, a media é legal, primeiro por ter parecer jurídico e segundo por estar dentro do orçamento. Já a vereadora Marcia Cavalcanti se posicionou de início, contrária a medida. Ela sugeriu uma avaliação mais cuidadosa da matéria para depois tomar uma decisão.

Os munícipes em participação nos programas de rádio da cidade se colocam na maioria contrários à medida. Eles afirmam que os vereadores já têm assessores suficientes e o dinheiro deveria ser devolvido à Prefeitura Municipal para investimento em problemas sociais como a compra de remédio por exemplo. Outros argumentam que concordariam com a medida se houvesse concurso público para a escolha dos novos assessores do legislativo.

Os defensores do projeto, uma minoria entendem que o vereador precisa atender melhor a comunidade e numa cidade grande como Petrolina, os 9 assessores são insuficientes para atender a demanda.A Câmara de Vereadores de Petrolina tem nessa legislatura, 14 vereadores.
J. Menezes

SPORT / LIBERTADORES


Foi uma vitória convincente em que o rubro-negro pernambucano demonstrou força, raça e competência para vencer no "caldeirão da Ilhado Retiro". O placar foi dois a zero com gols de Daniel Paulista ainda no primeiro tempo, "que antes da partida chegou a ser dúvida para o jogo" e Paulo Bayer que anotou o segundo de pênalti já no segundo tempo.

O Sport entrou em campo determinado desde o início aproveitando a vantagem do mando de campo e a pressão da torcida que empurrou o time o tempo todo. A LDU, atual campeã da Libertadores ainda tentou reagir no placar, mas a defesa sólida do Sport com três zagueiros não permitiu o êxito dos atacantes equatorianos, deixando o técnico Nelsinho Batista entusiasmado com o desempenho.

O representante do Nordeste na competição aproveitou bem os avanços dos alas Moacir e Dutra com as jogadas de linha de fundo e com toques rápidos no meio, envolveu a LDU. O Sport agora é líder do seu grupo com seis pontos e enfrenta o Palmeiras que já perdeu duas vezes na primeira fase para a LDU e Colo-Colo, respectivamente.



J. Menezes

OPERAÇÃO SOSSEGO


A vereadora Maria Helena Alencar, do PSB, reivindicou ao comandante da Polícia Militar em Petrolina, Major Carlos, para que haja mais cautela por parte dos policiais nas abordagens que estão sendo feitas na "Operação Sossego" nos bares da cidade.

Segundo a vereadora, está havendo alguns excessos por parte de policiais, como o fato de "apontar arma para as pessoas". Helena reconheceu o trabalho que está sendo feito, desde que o novo comandante assumiu em Petrolina, mas reiterou que alguns vícios ainda permanecem nas abordagens e segundo ela, alguns donos de bares já a procuraram para reclamar.

O Major Carlos argumentou que tem recebido mais de 100 chamados nos fins de semana de abusos cometidos por ruídos. De acordo com ele o delito está previsto nas contravenções penais e que a polícia tem efetuado a operação para coibi-lo. "Em vários bairros nosso trabalho tem sido elogiado pela comunidade", disse.

O comandante explicou que nas abordagens não há distinção de cor ou condição social e a polícia é quem sabe o que é técnica de abordagem."Ao chegar num local, você não sabe quem é e quem não é bandido", argumentou. O comandante informou que recentemente medidas rígidas foram tomadas pelo comando do Terceiro Batalhão contra policias por comportamento negativo. "Nesta semana nos excluímos dois soldados e um cabo".


Ele solicitou que se os cidadãos perceberem qualquer excesso cometido por policiais devem procurá-lo para que os casos sejam apurados e providenciadas as medidas corretivas. Major Carlos assegurou a Maria Helena que iria se reunir e conversar com a tropa sobre as denúncias apresentadas pela vereadora.



J. Menezes

quarta-feira, 4 de março de 2009

SECRETÁRIO / JUAZEIRO

O Secretário de Meio Ambiente da Bahia Juliano Matos está em Juazeiro. Na cidade ele manteve um encontro com o prefeito Isaac Carvalho, quando ouviu do Chefe do Executivo Municipal e do Secretário de Agricultura e Meio Ambiente Airton Fraga, as demandas ambientais do município, dentre elas, a questão do lixão.

Em Juazeiro, ele veio reforçar a política de licenciamento ambiental que dá maior autonomia aos municípios para gerenciar o meio ambiente em suas respectivas jurisdições. Essa autonomia se dará com o programa de Gestão Ambiental Compartilhada - GAC que num primeiro momento está sendo instalado em 36 cidades baianas, incluindo Juazeiro. O programa, segundo o titular da pasta do meio ambiente, foi instituído para disponibilizar aos municípios, emancipação e maior vantagem competitiva na gestão do meio ambiente.

O programa prevê uma maior fiscalização e gerenciamento dos problemas ambientais, já que os municípios passam a realizar o trabalho de licenciamento com maiores possibilidades de prevenir e fiscalizar os impactos mínimos locais, reduzindo a demanda do estado e da União.

Matos garantiu que com a implantação do GAC não significa que os órgãos estaduais e federais de meio ambiente como o IBAMA irão se afastar do interior do estado, de acordo com o secretário é "muito pelo contrário, vai haver um compartilhamento e um fortalecimento das ações na proteção do meio ambiente".
J.Menezes

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

LANÇADO OFICIALMENTE O FESTIVAL DA SANFONA EM JUAZEIRO


O lançamento aconteceu no Bar Alpendre nesta sexta (27) para a imprensa regional. Foi servido um café da manhã e logo depois uma apresentação dos coordenadores do evento, Celso Carvalho e Targino Gondim que falaram sobre a idéia do festival.

Carvalho fez um resgate da história da sanfona em várias culturas, destacando a importância do instrumento na Europa, nos Estados Unidos, Canadá e a influência dele no Brasil, especialmente no Sul e no Nordeste onde se transformou num símbolo não só da música, mas da cultura Nordestina.

Celso explicou que nomes já consagrados da sanfona como Sivuca e Dominguinhos, respectivamente, contemporâneo e discípulo de Luiz Gonzaga, são exemplos da influência que a sanfona exerce sobre o Nordeste e sobre o Brasil.

Segundo Targino Gondim, o festival é uma oportunidade na só de valorização da música Nordestina e brasileira, mas de mostrar os novos talentos da região para o país. Ele destacou a vinda do artista italiano Mirco Patarini, como um esforço da coordenação, para dá ao festival uma conotação internacional, abrindo espaço para que nas próximas edições, outros grandes nomes da música internacional possam estar em Juazeiro.

Para o jornaista Paulo Gondim, um dos coordenadores do evento, profissionais da grande imprensa do país irã cobrir o evento. Veículos de comunicação como Folha de São Paulo, Rede Globo deTelevisão, TV Brasil e TV Educativa de Salvador, são alguns que já confirmaram a presença.

De acordo com Gondim , a notícia é animadora, mas enfatizou que a divulgação do festival por parte dos profissionais da região é tão ou mais importante do que a grande mídia. “ Precisamos mostrar a força que a música de sanfona tem nas nossas comunidades. Isso vai se refletir no público que irá comparecer aos shows. A divulgação em Juazeiro e Petrolina será fundamental”. Afirmou Gondim.

A entrada em todas as apresentações é gratuita. Além dos shows, o público vai contar com atividades formativas, como exposições, oficinas práticas e palestras como a do jornalista Fernando Gasparini, Mestre em Comunicação pela Universidade Federal Fluminense que vai abordar o tema: “Sivuca, Música e História”.

O Pesquisador José Nobre fala sobre a “Vasta obra de Luiz Gonzaga”. As outras novidades são: o Concerto Solo com Mico Patarini, no dia 17 de março, às 20h no Centro de Cultura João Gilberto em Juazeiro. Já no dia 19 e março, às 20h gravação do DVD “Simplesmente Assim”, com Targino Gondim e os convidados Elba Ramalho e Peu Meurray. O Festival Internacional da Sanfona acontece de 16 a 21 de março de 2009 na Orla de Juazeiro, no Centro de Cultura João Gilberto. As exposições irão acontecer no River Shopping em Petrolina.



J. Menezes

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

BAGDÁ



Há brilho incessante no teu céu milenar
Não são astros incandescentes, são mísseis bagdá

Raios fulmejantes cortam teu céu, espessa fumaça, sangue e lágrimas inundam o velho solo, palcos de tantas batalhas onde repousam inerte as belas mesquitas

Na tua paisagem surreal, o sinistro:fogo que arde sem cessar e enfeia o ocaso na planície árida

Chamas ardentes sob tuas abóbodas nuas contradiz o espírito de luz mergulhado em dor

O silêncio cortante e o aviso sibilar das sirenes, anunciam Bagdá, os ataques em série e a tragédia anunciada

A trégua é fugaz, dura apenas o tempo de contar as baixas, de lamentar os mortos, de contemplar absorto, o crespúsculo precoce da vida

Oxalá Bagdá que nunca mais o teu povo perplexo precise ouvir o temível aviso das sirenes

Que jamais tenha que ouvir os estalidos das baterias anti-aéreas, a esperança ilusória de que os projetéis atinjam alvos imaginários em uma outra dimensão do universo

Avança soldado, tomai posição, mira no alvo, ignora a vida que está alem da trincheira e dispara

A vida ceifada poderia ser a tua guerreiro do deserto, mas atiraste primeiro nos solos do Iraque e ao contrário do soldado abatido, poderá viver e ter pesadelos acordado ou em sono profundo

Sede, febre, tiros, gritos, ruídos, voz de comando, medo. No caos da guerra é morrer ou matar, é a lei da batalha Bagdá

Milhões de vezes vistes o brilho da espada, ora dos vossos soberanos, outras vezes do conquistador ou dos conquistados, agora Bagdá revive o teu inferno de Danthe

Do que restou das sacadas assiste impotente a destruição e o neo martírio do povo

Dente por dente, olho por olho. Para quem serve tua lei Hamurabí?

Numa sociedade históricamente tão desigual e objeto de desejos inconfessáveis e insanos de tiranos. O que ainda estará por trás das garras da águia Bagdá? Por quanto tempo ouvirá os ecos tristes da dor? Até quando vai contar histórias de guerra?

Foste aurora da civilização, berço de sábios. Em tuas terras abrigaste o patriarca do cristianismo. Que querem agora de ti cidade-martir?

Bagdá vai se erguer de novo. Tâmaras anunciam o renascer
Os raros pontos verdes na imensidão árida voltaram a florescer
Há esperança de que as águas do Tigre e do Eufrates jamais voltem a ser manchadas de sangue
Que as palmeiras não precisem silenciar suas copas num protesto de dor
Que a cidade secular jamais volta a escrever com sangue a história do seu povo

Que o ódio e as imagens do horror nunca mais sujem de fuligem a doce lembrança da Bagdá de mil e uma noites, que embalaram o sono e os sonhos de nossas crianças.



J. Menezes

FOLIÃO / BAIANO

A presença dos juazeirenses na festa foi marcante. Professores, estudantes, profissionais liberais, jornalistas, produtores culturais. É interessante estimular a participação dos baianos no carnaval de Petrolina, fazendo um convite formal.
Isso é bom para aproximar ainda mais as duas cidades. No carnaval de Juazeiro, a presença dos petrolinenses é significativa. Esse intercâmbio cultural pode e deve ser estimulado.
J. Menezes

APRENDIZADO / CARNAVAL


O Prefeito Júlio Lóssio esteve todos os dias no “QG” da Folia, não só se divertindo, mas também observando o comportamento da festa. Não há evento, por mais bem organizado que seja que não precise de ajustes e o carnaval de Petrolina não é diferente. É preciso não perder de vista as falhas, registrar também o que deu certo.


Com um diagnóstico na mão fica muito mais fácil melhorar a festa a cada ano Uma reunião de avaliação emvolvendo também a Fundarpe não seria má idéia. É preciso também não ignorar a opinião do folião, ele é isento e pode contribuir muito com o evento.



J. Menezes

AREIA BRANCA / FOLIA

O público sentiu falta de um dos pólos do carnaval, o da Areia Branca na área do Bodódromo, mas a medida foi da Promotoria para evitar poluição sonora naquela área. Nas próximas edições do carnaval o espaço pode ser aproveitado durante o dia com uma programação mais leve.
J. Menezes

AREIA BRANCA / FOLIA

O público sentiu falta de um dos pólos do carnaval, o da Areia Branca na área do Bodódromo, mas a medida foi da Promotoria para evitar poluição sonora naquela área. Nas próximas edições do carnaval o espaço pode ser aproveitado durante o dia com uma programação mais leve.
J. Menezes

OFICINAS / FREVO


As oficinas de carnaval são interessantes para manter vivo o patrimônio cultural. Para quem não conhece os segredos dos passos, as oficinas de frevo antes da festa pode ajudar muita gente e garantir a “memória do carnaval pernambucano”.
J. Menezes

FREVUCA / MOBILIDADE

O Arrastão Frevuca fez a sua parte, animou os foliões nas ruas e nos bairros, mas houve quem sentisse falta de mais movimentação nas ruas, promovendo maior mobilidade da festa. Talvez o resgate das velhas batucadas e dos desfiles de carroças com uma nova “releitura” possa ser resgatada nos próximos anos.
J. Menezes

AMBULANTES / AVENIDA

A presença dos ambulantes foi benéfica porque deu a oportunidade para que muita gente pudesse garantir uma renda extra durante a festa, mas na decida da avenida, no sentido orla, ocorreu o mesmo problema. A passagem ficou estreita e com um certo desconforto.
J. Menezes

AMPLIAÇÃO / CIRCUITO

Em média 3000 pessoas/dia compareceram à festa no Circuito da 21 de Setembro. O maior público registrado foi no domingo, cerca de 8 mil pessoas. No próximo ano, é preciso criar uma alternativa nova para o circuito do centro, pois embora o local tenha sido aprovado, ficou claro que o espaço não comporta um público maior.
Quando os blocos passavam na avenida, “na direção da orla”, a Polícia Militar fazia o seu trabalho nos flancos do corredor para facilitar a passagem dos blocos e o público que queria assistir, ficava espremido nas calçadas.
J. Menezes

EQUIPE / FUNDARPE

Presença cativa do pessoal da Fundarpe no circuito da folia. Importante o apoio ao carnaval de Petrolina e a valorização da cultura pernambucana. A descentralização das ações estimula as manifestações culturais do interior do estado. Que esse esforço seja estendido para outros eventos.
J. Menezes

ENCONTRO / IMPRENSA

Na correria do dia a dia, é sempre complicado o diálogo entre os profissionais de imprensa, mas o carnaval de Petrolina, esses encontros “relâmpagos” foram possíveis, seja no palco ou no circuito da festa. A equipe da SG News presenciou e registrou vários desses momentos, como antes da chegada de Geraldo Azevedo no Pólo da 21 de Setembro. Puderam se confraternizar e conversar os jornalistas Carlos Laerte da Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Petrolina, Kátia Gonçalves, também da prefeitura, Isabela Ornelas e Anastácio da TV Grande Rio, Gisa Ramos e Antonio Amorim da TV São Francisco, J.Menezes, Cristiano Lima e Cicinho do Portal SG e SG News e Danilo Ribeiro da Emissora Rural.
J. Menezes

GERALDO / REENCONTRO


Nos camarins, antes de iniciar o seu show no Palco da 21de Setembro, Geraldo Azevedo foi muito cumprimentado. Deu entrevistas, atendeu aos que o receberam, mas praticamente nem entrou no camarim, foi direto para o palco fazer o que mais gosta e mais uma vez cantou e encantou.



J. Menezes

INAH TORRES, CELEBRANDO O CARNAVAL E NELSON MOURA


A conselheira e “mãezona” dos jornalistas de Juazeiro e Petrolina, Inah Torres, prestigiou o carnaval de Petrolina e como sempre os seus colegas de trabalho. Estava lá com a sua inconfundível “maquina”, clicando” e registrando tudo como “uma foca”, tamanha a garra e o amor pela cultura e pela profissão.

A presença de Inah no circuito do carnaval foi inspirador para os jornalistas e para os seus admiradores. Ela também celebrava o esposo Nelson Moura, um dos símbolos do carnaval de Petrolina, homenageado na festa. Valeu Inah, foliã de primeira, mas antes de tudo profissional e amiga.


J. Menezes

CARNAVAL / FANTASIAS

Os foliões voltaram com força total neste carnaval a usar fantasias. Tinha para todos os gostos. Indumentárias dos faraós do Egito, “máscaras dos máscaras”, perucas “Black powers”, famílias inteiras com roupas inspiradas na bandeira de Pernambuco, chapéus e óculos estilizados, as velhas e belas sombrinhas, homens “e não eram poucos”, vestidos de mulher, outros cheios de plumas e paetês, um grupo de adolescentes vestidas com vestidos de noiva, foliões com camisas havaianas e acredite: houve quem aparecesse com os velhos macacões que nos anos 70 e 80 tinham o mesmo valor de um abada. Vale tudo quando a questão é folia.
J. Menezes

CARNAVAL / ESTUDANTES

No carnaval de Petrolina, muita gente jovem entrando no ritmo do frevo. São as caras novas da cidade. Estudantes da Univasf que não viajaram no período. Estão participando ativamente da festa.
J. Menezes

domingo, 15 de fevereiro de 2009

SUBLIME PRAZER


O gosto amargo do desencanto entristece, entorpece, arrefece o coração, lançando-o na solidão da sargeta glacial.
A alma melancólica implora por vida, deseja ardentemente o sublime prazer.
O sublime prazer é a água que cai sobre o rosto suado, revigorando as energias do corpo cansado
É o bocejar distraído denunciando as peripécias do ontem
É a liberdade de escolha, é o desvendar do quebra cabeça
É a lembrança do perfume que marcou, é a música antológica
É o flerte inocente e arrebatador, é o xeque mate
É o abraço espontâneo, a risada estrondosa, é o soco no ar
É o andar elegante, o balançar sensual dos cabelos
A mordida no lábio, exprimindo emoção
É a inteligência surpreendente da criança, a sede de viver do velho
É a sabedoria do não letrado, o carinho do pai, o justo reconhecimento, é a sede saciada
É a conquista do título, o drible desconcertante, é o êxtase do gol
Sublime prazer é o livro de cabeceira, a inquietação do adolescente, o lançamento do filme, o sono o não na hora certa
É o charme inocente da “Lolita”, o toque discreto, a resposta esperada, a saúde perfeita, é a viagem
Sublime prazer é o almoço do domingo, a dança, o aconchego do cobertor
O beijo da menina dos olhos, a força do amigo, a privacidade do quarto, as compras do fim do ano, o reencontro
Sublime prazer é dirigir descansado, é a sexta feira à noite é a piada nova
O dez da prova, a boa nova do médico, é o sambão no passeio, é a força enigmática do olhar
Sublime prazer é o astral elevado, a boa ação, é o espreguiçar na rede
É a chuva que cai, é a cumplicidade dos amantes, é o arco-íris, o céu azul
É a sombra, a água fresca, é o texto concluído é a inspiração



J. Menezes

SANEPAV III

Enquanto isso a oposição já começou a se manifestar afirmando que há também um componente político nas denúncias. Segundo fontes, o prefeito Júlio Lóssio havia se comprometido com a Venâncio Construtora para que a empresa assumisse o trabalho de recolhimento do lixo na cidade, um compromisso político. A questão agora deve ir para análise do Tribunal de Contas.

A ”pergunta que não quer calar” diante de tudo isso, é: e os 170 funcionários da SANEPAV como ficam na questão? Sabe-se que a SANEPAV acertou com a Prefeitura de Juazeiro. A empresa vai contratar os funcionários de Petrolina? O Prefeito Isaac Carvalho, certamente não vai aceitar isso, tendo em vista que o interesse é beneficiar os trabalhadores de sua cidade. Neste caso, a Prefeitura de Petrolina não pode ser indiferente a um problema social sério.

A SANEPAV é responsável pela contratação dos trabalhadores, mas neste momento, o governo não pode ignorar o problema, pois várias famílias ficarão sem renda num momento de crise econômica.


J. Menezes

SANEPAV II

O Secretário de Governo da Prefeitura de Petrolina, Patrício Valgueiro em audiência pública na Câmara Municipal confirmou irregularidades no repasse de recursos da Prefeitura Municipal nas administrações passadas no valor de 5 milhões de reais para a empresa SANEPAV .

Segundo Patrício, a empresa terá que devolver o dinheiro para a prefeitura e explicou que o valor, daria para a prefeitura construir 100 novas salas de aula no município, 10 postos de saúde e na pavimentação de ruas.


J. Menezes

SANEPAV/ DENÚNCIAS

Desde a semana passado comenta-se em Petrolina denúncias sobre supostas irregularidades na SANEPAV, empresa responsável pelo recolhimento do lixo na cidade.

Seria irresponsável e leviano por parte de homens públicos, da imprensa ou da opinião pública fazer qualquer julgamento, juízo de valor ou prognóstico precipitado sobre algo que ainda não foi totalmente esclarecido. Todos cairiam na “vala comum” do denuncismo que é uma praga.

As denúncias dão conta de possíveis irregularidades da empresa com dinheiro público. A SANEPAV tem contrato com a prefeitura desde 2001 e só terminaria em 2011. No entanto, cabe aos poderes constituídos, empreender uma investigação séria e apurar a verdade sobre as denúncias.

Os cidadãos precisam desse esclarecimento. Só denuncismo puro e simples não resolve, é preciso ter provas claras e cabais sobre o que realmente ocorreu e a partir daí a justiça tomar as providências cabíveis.

Depois da Lei de Responsabilidade Fiscal, o que não pode mais ocorrer é improbidade administrativa. O país precisa se libertar dos vícios na gestão pública. “Os esquemas” corroem a máquina pública, fortalece a cultura da impunidade, baixa a estima dos cidadãos e enriquece “facínoras” da noite para o dia.
J. Menezes

PACOTÃO DA BONDADE


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se defendeu das críticas feitas nos últimos dias por políticos e jornalistas sobre o lançamento do que denominou chamar de “Pacotão da Bondade”.

Segundo os críticos, o pacote para resolver pendências dos governos municipais com o INSS e que prevê também empréstimos para o funcionalismo público nas três esferas, investirem na compra da casa própria, a iniciativa de Lula seria eleitoreira, tendo em vista as eleições de 2010, na qual o presidente já manifestou o interesse em lançar Dilma Rouseff como sua candidata.

Os argumentos do presidente foram feitos durante a reunião com os prefeitos em Brasília na última terça feira. Lula afirmou que perguntaram a ele como ele daria dinheiro para “prefeito bandido”.

Por mais que o presidente possa espernear, não vai adiantar. Qualquer ação que tenha conotação política a partir de agora será interpretada pela oposição como projeto eleitoreiro. As obras do PAC são um exemplo disso. É flagrante, por exemplo, a presença de Dilma na maioria das obras que receberam o “selo do PAC”.

No caso da reunião com os prefeitos, as críticas recaíram não só em relação ao convite de Lula, mas, sobretudo por causa “da gastança” dos chefes dos executivos na Capital Federal, interpretada como uma farra. Muitos levaram as primeiras damas e ai a situação piorou. Era o que a mídia queria.


J. Menezes

AS PRIORIDADES DA PREFEITA DE LAGOA GRANDE

A Prefeita eleita de Lagoa Grande, Rose Garziera do PMDB, afirmou que sua primeira ação como chefe do executivo, será pedir um auditoria nas contas da prefeitura. Em relação às prioridades do governo apontou educação, saúde, política social e infra-estrutura como as principais.

Rose destacou os problemas de saneamento e calçamento e fez uma promessa: “deixar a cidade 100% saneada. Rose Garziera tem uma oportunidade ímpar de fazer o melhor governo da recente história do município, voltando às ações administrativas, verdadeiramente para os problemas da comunidade.

Pelo menos a princípio, fazer promessas megalomaníacas sobre “obras de pedra e cal”, como é a cultura clientelista e paternalista da política brasileira não tem muito sentido num município repleto de carências. Administrar o município como se gerencia uma vila ou um feudo também não é inteligente.

Desde a emancipação, várias frustrações de ordem política administrativa prejudicaram o desenvolvimento da cidade. O que Lagoa Grande precisa agora é se libertar de “vícios politiqueiros” e encontrar o equilíbrio. Creio que o melhor caminho para começar é não abrir mão da transparência, do senso de justiça e de responsabilidade social e respeitar o cidadão. A cidade precisa de fato, começar um novo ciclo de gestão pública.

O político italiano Frederico de Médici, afirmava: “se a minha casa vai bem, o governo vai bem”. Oxalá que os cidadãos lagoagrandenses possam em breve repetir isso com entusiasmo.
J. Menezes

PÊRA E MAÇÃ NO VALE


A história mostra que a monocultura tem um “prazo de validade” e quando expira, é como um “efeito dominó”. No Brasil aconteceu com a cana de açúcar, com o café, com a borracha e também o cacau.

Os estragos na economia de um país ou de uma região causados pela hecatombe de um sistema produtivo tem um efeito terrível e não é uma questão apenas de dinheiro perdido, é toda uma cultura que se desfalece. Felizmente, o Vale do São Francisco começa a levar mais a sério a idéia da diversificação de produtos agrícolas e a primeira boa notícia, foi à experiência feita com a cultura da pêra no Projeto de Irrigação Bebedouro.

Tradicionalmente cultivada em regiões de clima temperado, está surgindo como uma alternativa promissora no Vale do São Francisco. O engenheiro agrônomo, Paulo Roberto Coelho Lopes, da Embrapa Semi-Árido, estuda a adaptação da fruta na região desde 2005 e as perspectivas são promissoras.

Até agora foram feitos testes com duas variedades procedentes do Instituto Agronômico de Campinas – IAC. O experimento também foi feito com macieiras e os resultados também foram animadores. A primeira colheita de maçãs foi feita na segunda quinzena do mês de dezembro do ano passado.
J. Menezes

ABC DO CARNAVAL


A mais famosa festa da capital baiana virou tema de um folheto de cordel, denominado, “ABC do Carnaval. O livreto foi criado pelo poeta petrolinense Wladimir Cazé e será lançado no dia 14 de fevereiro às 18h no Café com Arte em Petrolina.

O ABC do Carnaval é uma homenagem poética à música baiana. O folheto aborda através do humor os personagens e lugares de Salvador que marcaram a história do Carnaval.

Os foliões 'pipoca', a violência, a origem do trio elétrico e dos blocos afro são outros aspectos tratados no folheto A publicação é da editora independente “Edições K”, que entre os anos de 2004 e 2005, publicava obras de autores de várias regiões do país como: Mayrant Gallo da Bahia e Marcelo Benvennuti do Rio Grande do Sul e Estevão Azevedo de São Paulo.
J. Menezes

INSEGURANÇA ALIMENTAR


A Comissão Regional de Segurança Alimentar realiza nos dias 12 e 13 de fevereiro no Hotel Rio Center em Juazeiro uma oficina com o objetivo de mobilizar a sociedade civil e o poder público na busca de soluções para o problema da fome na região.

A oficina é uma das ações do Projeto “Construindo Capacidades em Segurança Alimentar no Brasil e em Angola, um projeto piloto que vem sendo implementado em parceria com o Centre for Studies in Food Security, da Universidade Canadense Ryerson University e o Centro de Referência em Segurança Alimentar e Nutricional, da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.

A Comissão de Segurança Alimentar e Nutricional trabalha com a perspectiva de assegurar a todos os cidadãos o acesso aos alimentos em quantidade e qualidade necessárias ao seu desenvolvimento e à nutrição, desde a gestação até a idade adulta.


J. Menezes

domingo, 8 de fevereiro de 2009

CARNAVAL / RESULTADOS

O balanço ainda não foi contabilizado, mas a realização do Pré-Carnaval de Juazeiro aponta um superávit, segundo fontes da Prefeitura Municipal. O temor da crise econômica na véspera do evento foi agora totalmente dissipado.

O valor de pouco mais de um milhão de reais investidos, deve ser superado com um arrecadação que chega próximo dos cinco milhões, envolvendo as transações comerciais na venda de bebida, alimentos, contratação de trabalho temporário, transporte, prestação de serviço, confecção de abadas e acessórios, entre outros.

J. Menezes

IVETE / CARNAVAL


Ivete Sangalo foi à grande ausência do Pré-Carnaval de Juazeiro em 2009. Presença sempre obrigatória em anos anteriores, primeiro pelo fator de constar no “primeiro time” da música brasileira, independente do ritmo, há mais de dez anos, segundo por ter nascido na cidade e sua presença sempre solicitada.

O público absorveu bem a ausência da cantora, mostrando que a variedade de atrações disponíveis em Salvador no período que antecede o carnaval de Juazeiro, facilita a contratação de artistas de renome, como Margareth Menezes, Chiclete com Banana e Harmonia do Samba. Ninguém tem bola de cristal, mas dificilmente Ivete ficará dois anos consecutivos sem participar da maior festa da cidade.


J. Menezes

JUAZEIRO E PETROLINA

A interdependência entre Juazeiro e Petrolina, aumenta ano a ano ao contrário do que ocorria no passado com o efeito negativo provocado pelo bairrismo. As duas cidades nunca estiveram tão juntas, não somente pela ligação da Ponte Presidente Dutra e o movimento comum de um lado e outro do rio de estudantes, trabalhadores, professores e profissionais liberais.

O carnaval deste ano foi um exemplo desta aproximação. Frevos originais como “Voltei Recife” de Capiba, apareceram nos repertórios das bandas. É o reflexo de um carnaval que tende a valorizar mais o aspecto cultural como antes, sem deixar de reconhecer as inovações. No palco alternativo da Rua da 28, os grupos folclóricos Maracatujaba do Bairro Henrique Leite e o Samba de Velho da Ilha do Massangano, se apresentaram, sendo aplaudidos pelos foliões das duas cidades que prestigiavam as apresentações.

No sábado o grupo Matingueiros, fez o seu show, logo após a apresentação de Jerônimo. O prefeito de Petrolina Júlio Lócio que compareceu na festa foi também saudado na avenida pelos juazeirenses e uma parcela significativa dos foliões presentes hoje no carnaval é de Petrolina.
J. Menezes

ALÔ PREFEITO

O prefeito Isaac Carvalho amanheceu o dia no circuito da folia, na noite do sábado para o domingo. Aparece nos trios elétricos, no palco alternativo e nos camarotes. Segundo informações, a troca de telefonemas com os assessores dentro do circuito da festa tem sido mais intensa desde o início do evento. O carnaval é o primeiro “teste de fogo” do novo prefeito e ele sabe disso. Não quer “dar sopa para o azar”, principalmente quando as coisas estão indo bem.
J. Menezes

SÁBADO DE MARGARETH E TREM DE POUSO

Margareth Menezes voltou a Juazeiro com a marca de um show bem ensaiado, valorizando um repertório escolhido cuidadosamente. “Puxando o Bloco Sei Lá”, a cantora não abriu mão dos antigos sucessos, mas inovou em alguns arranjos, dando maior leveza em sua performance.

Os foliões vibraram. A Banda Mina de Salvador, apresentou a Juazeiro à cantora Mariana, que mostrou desenvoltura, graça e sensualidade na avenida. A Mina é séria candidata ao rol das novas bandas que renovam a música baiana.

Quem demonstrou maior comunicação com o público foi o cantor Ninha da Banda Trem de Pouso que “aterrissou na avenida” em alto estilo, animando o Bloco Opass. A passagem foi triunfal. O mesmo carisma demonstrado no tempo da Timbalada se repetiu e agora com mais maturidade.

A Carreta foi literalmente puxada pelo Bonde do Maluco que com suas coreografias inusitadas e seu ritmo alucinante marcou presença em todo o circuito da festa. Mas a noite do sábado e a já madrugada do domingo tiveram também a participação competente dos artistas “prata da casa”.

Rural Éxeque, Musical Graffite com o Bloco do Pinico, Nanaê com o Pimentinha, Cesar Adriano com sua vaquejada e o brega adaptados para a folia, e o estilo versátil de Alan Kleber, receberam os aplausos dos foliões.
J. Menezes

BANHEIROS / DECENTES

Outro ponto bastante elogiado no Pré-Carnaval de Juazeiro foram os banheiros químicos. Segundo os foliões, além de funcionais, estavam sempre bem cuidados, mesmo às três horas da manhã já próximo do final dos shows.

Mesmo na diversão, o conforto e a higiene são essenciais, numa festa pública, na qual o consumo de bebidas é alto e o conseqüente uso do banheiro constante pelos foliões.
J. Menezes

GERÔNIMO I

O cantor Gerônimo fez um apelo meio irreverente no final de sua apresentação no palco do Carnaval Alternativo de Juazeiro. Primeiro afirmou que Juazeiro poderá ter o maior carnaval da Bahia e disse que quer está na cidade para conferir a “profecia”.

Bem humorado, o sociólogo/cantor, pediu para o povo “exigir” o seu retorno no próximo ano. Se depender da resposta dada pelo folião, Gerônimo vai voltar é antes do carnaval de 2010. Um artista como ele nem precisa fazer esse tipo de apelo. No palco da 28, “só não fez chover”.

Gerônimo foi um dos maiores nomes da renovação da música baiana na década de 1980. Estudioso da cultura baiana, compôs músicas como Jubiabá e “É D’Oxum” que contou com o arranjo de Dori Caymmi. O sucesso mais lembrado é a música “É doxum”, que já se transformou num dos hinos da Bahia.

J. Menezes

GERÔNIMO II

Um show com “charme e distinção”, e com aquela malemolência típica e sensualidade do bom baiano. Vestido numa roupa branca e característica que lembrava um “soberano africano”, Gerônimo foi generoso com os “súditos”.

Com um repertório "selecionadíssimo", fez uma apresentação empolgante, cantou, filosofou e ensinou como deve ser a postura de um artista no palco, com respeito, atenção e carinho ao público.

Com uma platéia bem afinada, mostrou que está melhor do que nunca. No final do show, o público pediu “mais uma” e Gerônimo atendeu cantando novamente “É doxum”.
J. Menezes

PAUSA INCÔMODA

Uma pausa no meio do show de Gerônimo para que os grupos folclóricos pudessem se apresentar no palco alternativo da Rua 28 causou um pequeno constrangimento no cantor e na banda que o acompanha.

Nem mesmo o público entendeu a parada abrupta, que quebrou o ritmo da apresentação e exigiu um reordenamento do repertório do cantor. O problema não foi à apresentação folclórica, mas a interrupção repentina que deixou Gerônimo intrigado.

“A estratégia estava no script da coordenação? Era um intervalo? Não houve explicações, pelo menos naquele momento.

Ruídos de comunicação acontecem, mas parar um show, entrar outra atração no meio, sem nenhuma ligação ou ensaio prévio é no mínimo pouco usual. O problema não comprometeu a performance. O cantor não reclamou e logo retomou o show com o mesmo entusiasmo de antes.
J. Menezes

sábado, 7 de fevereiro de 2009

CARNAVAL / ECLÉTICO


Não é fácil atender a todos os gostos, mas no carnaval é possível diversificar as ações. A prova disso é o carnaval de Juazeiro deste ano. Um carnaval eclético que optou pela mistura de ritmos e distribuídos no palco alternativo e na avenida. Essa diversidade atrai o folião e não só aquele que gosta do "axé music" dos últimos cinco anos, não só os que "debutaram" na avenida, embalados por IveteSangallo, Chiclete, Asa de Águia, Margareth Menezes, Harmonia, Araketu ou Timbalada, mas os que se acostumaram a um carnaval em que as estrelas eram Morais Moreira, Armandinho, Dodô e Osmar, Pepeu Gomes,Baby Consuelo, Gal Costa e mais tarde Banda Reflexus, Gerônimo, Luiz Caldas entre outros.
Um exemplo claro de que o folião reconhece a qualidade musical foi o show de André Macedo, filho de Osmar Macedo,ícone do carnaval baiano ao lado de Dodô e Armandinho, os criadores da"guitarra baiana" e do trio elétrico. Foliões de três gerações estavam lá vibrando com o show de Macedo. O público pediu "bis".
J. Menezes

BASTIDORES / CARNAVAL



A Polícia Militar montou uma estrutura ao longo do circuito que não é apenas móvel. Pontos de apoio estruturados ao longo da avenida possibilitam maior poder operacional. Outra providência é o patrulhamento nas ruas próximas à avenida, evitando furtos e assaltos nas imediações da Adolfo Viana. A integração do trabalho das forças policiais em festas de largo como o carnaval é sempre lembrada, mas na prática, nem sempre o resultado é o esperado. Esse ano percebe-se uma integração. Policiais civis, militares, Polícia Federal e Guarda Municipal estão espalhados em todo o circuito da festa, especialmente em pontos estratégicos.

Na ponte Presidente Dutra uma operação envolvendo as forças policiais monitoram o trânsito na via federal, reforçando a segurança entre as duas cidades, especialmente no retorno dos petrolinenses para casa após às duas da madrugada. Para quem mora em Petrolina as barquinhas foram providenciais. Quem vem de carro e reside nos bairros periféricos pode deixar o veículo na Orla e atravessar de barquinha, evitando a dificuldade de estacionamento em Juazeiro, próximo ao circuito do carnaval. Depois da"lei seca" todo cuidado é pouco e quem cometer a infração de beber e dirigir certamente terá uma ressaca "inesquecível", não só da bebida, mas da multa que não é nada agradável.

A tradição de usar as varandas, sacadas das casas e prédios para acompanhar a festa permanece mais viva do que nunca. São "camarotes improvisados" que se transformam numa festa familiar ou de amigos. Nos projetos dos prédios da Adolfo Viana, pode faltar tudo, menos uma sacada que possa abrigar gente pra lá de animada durante o carnaval.

Outra tradição que faz parte dos carnavais do passado, mas que ainda permanecem, são as "figuras exóticas" da festa. De repente é uma peruca estilizada bem ao estilo "Black Power", em outros, roupas extravagantes, multicoloridas, maquiagens singulares, mas nada substitui o espírito de carnaval. Com esse sentimento nem precisa se fantasiar, basta distribuir simpatia e alegria e à noite está garantida.

O público que acompanhou o Chiclete foi grande como sempre, mas a idéia do portão nas imediações da curva da Adolfo que dá acesso aos camarotes foi providencial, já que a cada ano aumenta o número de foliões e o espaço vai ficando mais estreito, no entanto mesmo sem o portão, não foi registrado nenhum incidente. Os cuidados preventivos e durante a passagem da banda impediram maiores problemas. Aliás, o circuito da festa é um dos grandes desafios para os coordenadores do carnaval de Juazeiro. Muito já foi pensado a respeito, até em inverter o desfile das bandas e blocos, transformando a concentração na "apoteose" e a Orla na concentração, mas não mudaria muito a situação, principalmente por causa da curva que dá acesso a Adolfo Viana, considerada estreita para a passagem de foliões e trios elétricos. Enquanto não aparece uma solução, o jeito é investir em segurança e educar o folião.

J. Menezes

IMPRENSA / CARNAVAL


A imprensa não entra nos camarotes do Pré-Carnaval. A decisão é da empresa que privatizou o Pré-Carnaval. Do lado da imprensa, que só está interessada em cobrir o evento, nada de errado, afinal os jornalistas estão lá para trabalhar mesmo e os camarotes são para"quem está pagando" e quer privacidade. "Bicão", existem em qualquer profissão e acredito que os verdadeiros profissionais de comunicação que se respeitam e respeitam a sua profissão tem dignidade o bastante para não querer passar por constrangimentos.

Mas é preciso esclarecer, que dentro dos camarotes também tem informação, porque quem está lá certamente não está acima do bem e do mal, nem mesmo a empresa organizadora. Embora reconheça que é preciso respeitar a propriedade alheia. Ela está se beneficiando na cidade de Juazeiro e deveria respeitar os profissionais que estão trabalhando. Não precisa ser gênio, para entender que os profissionais que não estão trabalhando, não precisam estar lá e é fácil identificá-los. É preciso entender que a matéria prima do jornalista é a notícia e essa forma de tratamento que não aceita nem a credencial de jornalista é certamente arrogante, antidemocrática, deselegante e desnecessária.

Foge completamente do espírito do carnaval que como festa popular deveria pregar a pluralidade e o respeito aos profissionais de comunicação. Nos camarotes, das duas uma, ou ignoraram isso, ou desconhecem os princípios básicos da comunicação que defende a liberdade de expressão e o direito inalienável de "ir e vir". Vamos torcer para que até o fim do carnaval, os camarotes "não rendam notícia".

J. Menezes

MÚSICA TEMA

RETALHOS DE CETIM

Ensaiei meu samba o ano inteiro,
Comprei surdo e tamborim.
Gastei tudo em fantasia,
Era só o que eu queria.
E ela jurou desfilar pra mim,
Minha escola estava tão bonita.
Era tudo o que eu queria ver,
Em retalhos de cetim.
Eu dormi o ano inteiro,
E ela jurou desfilar pra mim.
Mas chegou o carnaval,
E ela não desfilou,
Eu chorei na avenida, eu chorei.
Não pensei que mentia a cabrocha,
Que eu tanto amei...
BENITO DE PAULA

domingo, 1 de fevereiro de 2009

TRANSIÇÃO / LAMENTOS




Não tem sido poucas a reclamações da gestão Júlio Lóssio em relação às obras deixadas por Odacy Amorim. É fato consumado que o período de dois anos não foram suficientes para que Amorim pudesse concluir os projetos que havia projetado. Quem acompanhou os últimos dias de governo percebeu que a correria para concluir, por exemplo, a revitalização do centro foi grande, mesmo assim não deu para concluir tudo.

Faltou um melhor planejamento inclusive para efetuar os pagamentos nos prazos acordados? Houve precipitação em querer concluir as obras “em cima da hora”? Sim, mas estava óbvio que parte dos compromissos só seriam resolvidos na gestão seguinte. Não daria tempo mesmo. O que prevaleceu na verdade foi à vontade de Odacy em deixar a “sua marca”, mesmo num mandato “tampão”. O desejo foi maior que a coerência? Os fins justificam os meios? A comunidade pode fazer o seu julgamento.

É até normal do ponto de vista político e salutar para a nova administração está esclarecendo os fatos junto à comunidade e mostrando o que não julga correto, acredito que pela pessoa que é o próprio Odacy também não tem interesse em ocultar nada de sua gestão. O que não pode ocorrer é uma “caça às bruxas”, isso soa como uma campanha. Caça as bruxas ainda não, mas a impressão é que começou uma “cassada política” ao ex. prefeito e tende a esquentar na medida em que nos aproximarmos do próximo pleito em 2010.

O IMIP parece ser “o fiel da balança” das críticas. Odacy não tem respondido aos ataques, talvez esteja “recarregando as baterias” para se pronunciar e defender seus pontos de vista mais tarde. Esse parece ser apenas um aperitivo da próxima campanha para deputado estadual.

O que ocorre é que as os critérios de transição de um governo para o outro, precisam ser repensados com mais maturidade, racionalidade e tempo, para que esses constrangimentos e “lamentos tardios” sejam evitados. Eles não são bons para quem está no poder porque parece perseguição sobre quem saiu e não são bons para quem saiu, pois passa a idéia de uma postura negligente. No meio do fogo cruzado fica o povo, atônito.

J. Menezes

HERANÇA / INCÔMODA


Continua repercutindo em Juazeiro, o caso do sucateamento das ambulâncias do Samu e outras aberrações encontradas pela gestão de Isaac Carvalho ao assumir a prefeitura no início de janeiro. O ex. vice-prefeito da cidade, engenheiro Antonio Carlos Chaves, e militante político do PSOL, cobrou como cidadão providências da atual gestão, no sentido de levar o caso à justiça e não ser indiferente ou omissa, prática até bem pouco tempo comum em municípios brasileiros.

Apesar da Lei de Responsabilidade Fiscal ter sido instituída, o descaso com o cenário público ainda é uma prática que resiste no país. Denota que a gestão pública ainda é vista como “feudo” de quem está no poder. Os chamados “elefantes brancos” - obras iniciadas pela administração anterior e não concluídas pela gestão seguinte são claramente retratos, com raras exceções, da cultura brasileira no quesito gestão pública. Geralmente, apresentam sintomas como irresponsabilidade, revanchismo, desrespeito ao cidadão, falta de maturidade e senso de coletividade.

J. Menezes

SINDILOJA / ZONA AZUL

O Sindiloja em Petrolina está cobrando da EPTTC, rever uma reivindicação do setor oficializada em 2006 à Prefeitura Municipal no sentido de que 12% do valor arrecadado pela zona azul sejam repassados ao Sindiloja para despesas no centro comercial. Segundo Joaquim de Castro, presidente do Sindicato dos Lojistas, o acordo foi celebrado durante a gestão do então prefeito Fernando Bezerra Coelho.

A EPTTC ficaria com a obrigação de repassar cerca de R$ 6 mil mensais o que segundo Castro equivale a cerca de R$ 72 mil por ano, mas o ocordo nunca foi cumprido. Cabe agora ao Prefeito Júlio Lóssio voltar à mesa de negociação com Joaquim Castro e primeiro esclarecer o acordo, saber o que justifica o repasse e analisar a real necessidade do valor a ser repassado.
J. Menezes

JUAZEIRENSE E OAB


O egresso da UNEB/Juazeiro Elton Luiz Freitas, ficou em primeiro lugar no exame obrigatório da seccional Bahia da OAB realizado em Salvador. A conquista de Elton é um “tapa de pelica” na velha política de indiferença das reitorias com o curso superior no interior. Desde que foi instituído o curso de Direito em Juazeiro vem se notabilizado como um dos destaques do Nordeste e um dos melhores do país.
Isso mostra a necessidade das reitorias, especialmente na Bahia, olharem com mais atenção para as unidades do interior, não só no que diz respeito à políticas de valorização do corpo funcional dessas instituições, mas de investimentos mais generosos que possibilitem a melhoria da estrutura geral. Hoje a UNEB/Juazeiro sofre com a falta de laboratórios, maior acervo bibliográfico e ausência de um auditório condizente com as necessidades da instituição.

J. Menezes

IRMÃ DOURADO E O PETRAPE


Continua internada num Hospital particular em Petrolina, a freira Maria Eurides Dourado, mais conhecida como “Irmã Dourado”. Ela foi vítima de um traumatismo craniano ao cair no seu aposento. Ela tem 85 anos e é fundadora da entidade Pequenos Trabalhadores de Petrolina – PETRAPE.

A religiosa começou a dar os primeiros passos para a criação do PETRAPE em 1978, mas a fundação de fato só ocorrera em 1983 para abrigar crianças em situação de risco e abandonadas pelas famílias. Manter a entidade beneficente nunca foi fácil, a freira sempre teve que recorrer, principalmente a entidades beneficentes do exterior. Mesmo assim, gerações de crianças foram salvas das estatísticas lamentáveis em virtude do trabalho da religiosa, que registram jovens encarcerados, mutilados, doentes ou até mortos por causa do abandono.

J. Menezes

PRODUTORES II


Por enquanto quando se fala em produtores, as autoridades governamentais se referem aos empresários do setor de fruticultura. Até o momento não ouvi nenhuma menção aos pequenos produtores de banana, acerola, maracujá e etc. Esses estão “no sufoco”, primeiro pelo preço cobrado pela água consumida nos perímetros irrigados, que varia entre R$ 800,00 e R$1.300,00, pelas dificuldades em obter crédito e terceiro porque no primeiro semestre de cada ano ficam assustados com os ventos.

No que diz respeito aos que lidam com a cultura da banana, as perdas de plantios acontecem anualmente. Em 2009 já houve quem perdesse parte da produção. As representações dos pequenos produtores precisam cobrar também do governo, recursos que garantam sustentabilidade para esses agricultores. São eles que mantêm os produtos no mercado para consumo interno, diferente dos grandes empresários que estão voltados para o mercado externo.

J. Menezes

FÔLEGO/PRODUTORES


A linha de crédito especial liberada pelo governo federal para os produtores do Vale do São Francisco, no valor de R$ 170 milhões, deve aliviar a pressão sobre os produtores e minimizar os efeitos da crise e das negociações com os trabalhadores. Os recursos são oriundos do BNDES e vão contemplar nove estados e vão contemplar 9 estados do Nordeste, Norte de Minas e do Espírito Santo. Os produtores terão um ano de carência e três anos para começar a pagar o empréstimo. O dinheiro será liberado em 20 dias.

Com a garantia desse recurso, as negociações entre os empresários do setor de fruticultura e das representações dos trabalhadores poderão negociar os salários numa outra perspectiva, já que havia uma ameaça de demissão de 40 mil trabalhadores, só no Vale do São Francisco. Cabe também ao governo fiscalizar a aplicação desse dinheiro que não se constitui em presente, mas em salvaguarda social num momento de dificuldades.

J. Menezes

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

PROGRAMAÇÃO FESTIVAL INTERNACIONAL DA SANFONA


Já foi lançada a programação do Festival Internacional da Sanfona que acontece de 16 a 21 de março em Juazeiro e Petrolina. Entre os convidados, Dominguinhos, Osvaldinho do Acordeom, Renato Borghetti, Elba Ramalho, Orquestra Sanfônica do Recife, Mirco Patarini e os artistas da terra.

Targino Gondim é o Curador do evento e a coordenação geral de Celso Carvalho. Durante o encontro serão realizadas exposições sobre a sanfona no River Shopping(Petrolina) e no Centro de Cultura João Gilberto(Juazeiro), onde Targino vai gravar ao vivo o seu DVD no dia 19 com a presença de convidados. Dois ícones da música brasileira serão homenageados na ocasião, Luiz Gonzaga e Sivuca.

J. Menezes

domingo, 25 de janeiro de 2009

A VEZ DOS NOVOS


Com a determinação do Governo de baixar o Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI na venda de carros novos aumentou a procura pelo “zero” e caiu substancialmente a venda de carros usados. Nas lojas de carros usados a queda nas vendas, obrigou os vendedores a baixarem os preços em até 12% e mesmo assim o movimento ainda não é o esperado. Muitos proprietários dessas lojas não estão comprando veículos. A estratégia é trocar ou vender, mas jamais comprar para evitar prejuízos.

Um veículo usado que era vendido em agosto por R$ 23 mil, hoje está sendo vendido por R$ 18 ou 19 mil. Em relação aos carros novos, o risco é a inadimplência nos financiamentos, já que uma prática comum é o comprador ter a entrada e não conseguir pagar em dia as prestações por falta de fôlego financeiro ou aumentar o índice de desemprego que também pode ser um complicador para que os compradores honrem os pagamentos em dia.

J. Menezes

PLANO INTEGRADO DE SAÚDE?


É preocupante essa crise entre o Governo Municipal em Petrolina e o IMIP, gerada a partir da constatação da dívida do Executivo com o instituto em torno de R$ 2 milhões. Quando a população achava que o município estaria bem próximo de resolver o seu maior desafio que é proporcionar um atendimento público à saúde de qualidade, eis que surge um imbróglio que na minha concepção não é apenas de ordem administrativo, mas político.

Quando o Hospital de Traumas foi inaugurado ano passado, com a presença inclusive do Secretário de Saúde da Bahia, de Pernambuco, do prefeito Odacy Amorim e do Secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco Fernando Bezerra Coelho, foi apresentado um plano regional de integração da saúde. Esse plano incluía o suporte dos governos dos estados (Pernambuco e Bahia, governo municipal e Federal e o reforço do IMIP).

A impressão de quem estava na solenidade é que ali estava sendo inaugurado um “projeto modelo” de atendimento à saúde como nunca visto e que seria um exemplo para o Brasil. Agora com esse imbróglio envolvendo o IMIP, percebe-se que há fragilidades na condução e o “fiel da balança” são os recursos. A expectativa da comunidade é que as “questiúnculas políticas” não interfiram na qualidade do atendimento. Seria decepcionante.

J. Menezes

CRISE MUNDIAL E O VALE


A economia globalizada tem seus caprichos. A crise econômica norte-americana que num “efeito dominó” repercutiu no mundo inteiro, reforçou a idéia dos perigos de um “pensamento único”, defendido pelos magnatas do capitalismo mundial e rechaçado pelos “intelectuais de esquerda”. Vejamos o que ocorreu com os produtores do Vale do São Francisco.

Região com maior volume exportação de frutas do país enfrenta agora o desafio de reduzir sua produtividade com a demissão de 40 mil trabalhadores rurais, 25% a mais do que nos últimos anos, por ocasião do fim das safras. O mais grave é que dos trabalhadores que tiveram os contratos cancelados, 10 mil eram fixos. Para a Câmara da Fruticultura do Vale do São Francisco, a saída agora é uma negociação dos débitos com as instituições de crédito.

Dependendo do desfecho das negociações, é possível que lá para os meses de junho ou julho, pelo menos uma parte desses trabalhadores sejam reintegrados às empresas agrícolas, mas por enquanto isso é apenas uma suposição. Na semana passada o BNDES anunciou uma nova linha de crédito para quem criar novos empregos.

É um esforço da equipe econômica do governo e em especial do presidente Lula para minimizar os efeitos da crise no país e não trazer prejuízos políticos para a base governista que prepara Dilma Rouseff para as próximas eleições.

J. Menezes

FEDERALIZAÇÃO/REESTRUTURAÇÃO

Se a idéia da federalização da UNEB/Juazeiro, for aprovada pelo governador Jackes Wagner, como irá ficar a situação dos funcionários da instituição? Os professores teriam que se submeter a um novo concurso ou a UNIVAF, se responsabilizaria por uma nova capacitação interna com os docentes? Ocorre que os funcionários concursados tem direito adquirido.

Para o governo do estado seria abrir mão de uma responsabilidade a mais, já que não são poucas as reclamações dos estudantes no sentido de proporcionar a UNEB, melhores condições estruturais e maior atenção da reitoria com as unidades interioranas. Para a UNIVASF, seria uma vantagem poder ampliar o seu “campo de ação” no ensino superior na região. Em termos políticos levando-se em conta a conjuntura atual, não haveria grandes mudanças, já que o presidente Lula é “alinhado” com Wagner.

J. Menezes


ISAAC EM SALVADOR


O Prefeito de Juazeiro esteve recentemente em Salvador onde foi tratar de apresentar ao Governador Jackes Wagner as reivindicações do município. Dentre as solicitações, Isaac Carvalho solicitou a recuperação do Ginásio de Esportes (já é hora, já que Juazeiro não dispõe de um espaço público amplo e estruturado) para a realização de competições esportivas profissionais. A estrutura do atual Ginásio de Esportes é precária e desconfortável).

Outra questão apresentada pelo prefeito de Juazeiro foi a “federalização” da Universidade Estadual da Bahia – UNEB, uma reivindicação e luta que já vem sendo travada pelos estudantes da unidade de ensino há dois anos, o que implicaria numa reestruturação complexa da UNEB. A outra idéia já apresentada à reitoria da UNEB pelos estudantes é criar uma nova universidade com autonomia municipal.

J. Menezes

domingo, 18 de janeiro de 2009

FESTIVAL INTERNACIONAL DA SANFONA


Desde que os Norte-Americanos lançaram a idéia do “For All” (para todos), na base militar em Natal no Rio Grande do Norte, durante a Segunda Guerra Mundial, os ritmos musicais nordestinos, ganharam uma denominação que embora variado, ganhou uma padronização. É preciso esclarecer que os estadunidenses não tem nenhuma relação com a música em si. Eles criaram o baile para animar os trabalhadores às tropas da base.

“O Forró” que é uma espécie de “salvo conduto” da comunidade sertaneja se tornou conhecido no Brasil e no mundo, principalmente a partir das músicas de Luiz Gonzaga que o divulgou e vai criando seus “guetos”. O interessante é que tradicionalmente, Pernambuco ostenta uma certa intimidade forte com o forró e a Bahia que sempre abrigou artistas com ritmos como o axé, o afoxé, o próprio movimento tropicalista, descobriu em Juazeiro um movimento que vem crescendo a partir da segunda metade dos anos de 1980.

Hoje, “a capital do forró” na Bahia é Juazeiro. De lá para cá surgiram Raimundinho do Acordeon, Sérgio do Forró, Adelmário Coelho, Tinho, Wanderley do Nordeste, Flávio Baião e Targino Gondim que após a exibição do filme Eu Tu Eles, gravado em Juazeiro se tornou conhecido no país com a música “Esperando da Janela” (Raimundino, Manuca e Targino), gravada depois por Gilberto Gil com grande sucesso.

Esse movimento bem sucedido motivou a realização do Festival Internacional da Sanfona que acontece em março em Juazeiro. Será uma oportunidade especial em que o Vale do São Francisco vai receber grandes nomes da música nacional e internacional num evento de valorização da “música de sanfona”. O evento está sendo organizado por Targino Gondim.
J. Menezes

O SONHO DE OBAMA


"I Have a Dream", o sonho de Martin Luther King se materializou. Naquela tarde agitada de 1964 em Oslo, ao receber o Prêmio Nobel da Paz, quando o grito antológico do líder negro norte-americano ecoou pela América e reverberou no mundo, anunciando que haveria um novo tempo em que brancos e negros caminhariam de mãos dadas por um mundo melhor. A vitória de Barak Obama Houssain Jr. é mais que uma surpresa, simboliza uma mudança estrutural, conceitual e ideológica na históriade um país que se orgulhava de falar em liberdade, mas não conseguia traduzir esse conceito plenamente. O choro do Senador veterano Jessé Jackson, após o resultado da eleição, foi um desabafo de quem carrega nos ombros, o fardo da condição negra nos Estados Unidos e se depara com um fato histórico antológico.

Fico imaginando o filme que passou na cabeça de Jackson, especialmente entre os anos de 1950 e 1980, quando vários movimentos sociais exigiam o cumprimento dos direitos civis, o exercício da liberdade e o combate a leis absurdas como a proibição do casamento e das uniões inter-raciais que por ironia do destino, geraram Barak Obama. Jackson deve ter pensado, "vivi para contar". Com a vitória do advogado negro, a história, dá um "tapa de pelica" no tradicionalismo Yanque. Não foram poucos os estadunidenses que repetiram de forma uníssona o mesmo discurso: "jamais imaginei que um negro pudesse ser presidente dos Estados Unidos".

A vitória de Obama tem vários significados. Representa a quebra de paradigmas, de preconceitos, cria um novo ciclo na história dos Estados Unidos, muda à face não só de uma hegemonia caucasiana do poder, mas sinalizam transformações de ordem social, econômica, política e cultural. A maioria dos democratas no Congresso Nacional, o apoio incondicional fora dos Estados Unidos demonstraram que Obama era um candidato de consenso, unindo brancos de descendência européia, negros, índios, asiáticos e latinos, etnias formadoras do "caldeirão cultural" do país. O consenso ficou claro na fala do adversário JonhMaCcain ao se referir ao resultado das eleições: "Ele é agora o meu presidente".
Há uma percepção clara no mundo de que as populações não querem mais suportar abusos de poder. Não se trata de uma questão de intolerância, mas de amadurecimento civilizatório. Para compreender o que isso significa, voltemos ao tempo da intolerância racial. Envolto em campanhas segregacionistas que explodiram na Guerra da Secessão, no Século XIX e mais tarde nos anos de 1960 com a ação radical da Ku kluxklan e a reação dos movimentos: Pantera Negra, Black Power, Malcolm X e de Martin Luther King os Estados Unidos se rendem à realidade e elegem um negro para o cargo máximo de poder no país.

Antes, essa possibilidade, estava sempre ligada a uma filosofia conspiratória que poderia render a Hollywood um longa metragem de sucesso mundial. Estava relegada a uma história de ficção, ao campo das hipóteses. Ocorre que, sem nos darmos conta à história mostra que não é tão previsível como demonstram algumas teorias e a subjetividade da ficção pode se transformar em realidade.

Para quem acredita em questões metafísicas a vitória de Obama parece atender a esse apelo que a vã filosofia ou as leis da política não explicam. Obama surge como "o Salvador da Pátria", num momento em que os Estados Unidos vivem um "inferno astral" com uma crise econômica que parece ainda mais séria do que a de 1929, corroborada com a desastrosa administração de George W. Bush, sua política beligerante que o fez esquecer dos problemas internos do país em nome de uma "síndrome da cruzada contemporânea".

Internamente os Estados Unidos capitulou com a crise imobiliária e a quebra dos bancos, com o endividamento das famílias, com a decadência do sistema de saúde, com a redução da demanda energética e os altos custos da Guerra do Iraque. O presidente terá que resolver outras questões complexas como a cultura punitiva do seu país que mantém uma maioria de negros e descendentes nos presídios, representando a maior população carcerária do mundo. A velha máxima popular afirma que "é nas crises que surgem as melhores oportunidades". Se for verdade, os espiritualistas tem motivos de sobra para acreditar que o poder nas mãos de Obama não é obra do acaso, mas de uma profecia que está sendo cumprida. Obama não pode falhar.
O que se espera é saber como o presidente eleito vai tirar o país do imbróglio deixado por Bush e dar um novo direcionamento positivo ao mundo. Aliás, ele já respondeu a esse questionamento com esperança ao afirmar no discurso da vitória, que "O caminho vai ser longo e não atingiremos nossos objetivos em um ano, nem mesmo em um mandato. Eu nunca estive mais esperançoso de que estou esta noite. Eu prometo a vocês, nós, como povo, chegaremos lá". Por enquanto Obama também não deixou claro como será sua política externa na resolução de questões conflitantes como Guantánamo, Paquistão, Irã,Venezuela e Colômbia. Não esqueçamos que os EUA não deixam a sua liderança, inclusive bélica no mundo com a crise.

Não será mais surpresa se o novo presidente dos Estados Unidos conseguir lograr êxito nos seus objetivos, mas certamente o fato do país ter escolhido um presidente mulato, mostra uma mudança histórica,(só comparável recentemente à queda do muro de Berlim) e a capacidade dos homens de renovar esperanças, transformar conjunturas, vislumbrar o novo e influenciar mentes e corações em torno de um ideal. Nesta terça-feira quando sentar na cadeira de Presidente dos EUA, Obama certamente vai refletir sobre isso.

J.Menezes

CHICLETE EM JUAZEIRO


São poucas as bandas baianas que ostentam tanta tradição no carnaval da Bahia como a “Chiclete com Banana”. “Bell e Cia”, não abrem mão de um repertório padrão que deu certo. As músicas falam de “paixões bem resolvidas”, dos prazeres da vida, das “eternas festas de Salvador”, tudo num ritmo alucinado que deixa o folião “pra lá de entusiasmado”. O Chiclete também arrasta multidões por onde passa nas micaretas ou nos carnavais oficiais.

O cachê da banda também não é dos mais baratos. Por conta da crise econômica e da própria “descapitalização” das prefeituras, os carnavais fora de época devem sofrer um revés, tendo em vista os altos valores cobrados pelos artistas do primeiro time da “axé music”. Não será fácil a realização do carnaval, mas é dada como certa a passagem do Chiclete pela avenida em Juazeiro no carnaval de 2009. Na nova administração, houve quem sugerisse não realizar a festa por conta da falta de dinheiro em caixa, mas depois de muita reflexão Isaac acabou decidindo fazer o evento.
J. Menezes