sexta-feira, 23 de julho de 2010

Cala a boca Stallone

Um novo "cala boca" começou a circular no twitter desde a última quarta feira. Dessa vez o alvo dos twiteiros não foi Galvão Bueno, mas Silvester Stallone. O astro decadente Ítalo-americano teria afirmado num programa de humor na California que "poderia explodir o Brasil" e os brasileiros ainda dariam um macaco de presente ao autor da "obra". Ao ler o relato, lembrei de um aoutra frase atribuída a Charles de Gaulle quando teria afirmado que "o Brasil não era aum país sério".

Antes de acendermos a nossa "chama patriótica" para defender "a Terra Brasilis" é preciso fazer aquele velho, mas necessário exercício de examinar a história. Construímos uma pátria influenciada por vários povos e desde o descobrimento vivemos essa eterna luta de tentar encontrar uma identidade para o país. os sociólogos e antropólogos até que já tentaram desvendar a essência étnica do nosso povo. Gilberto Freire falou da tal "democracia racial", Fernando Henrique Cardoso ressaltou que "tinha um pé na senzala", Mário de Andrade "mexeu no caldeirão cultural" e criou Macunaíma.

Foi na Semana de 22 que o país dependente econômico e culturalmente da Europa despertou para a valorização de uma identidade. Hoje sabe-se que ela é mestiça e multifacetada.Nessa busca pela identidade cultural do Brasil, os estudiosos encontraram um jeito de ser bem característico, "somos um povo cordial". No dicionário Aurélio, "cordial" é relativo ao coração: amável, afetuoso, franco, sincero.Está configurado que nem sempre ter cordialidade significa ser bem tratado.

Mas o que isso tem a ver com stallone. A frase do ator soa como uma chacota a uma "república de banana", como já foi o Brasil.As palavras de "Rambo" parecem direcionar para a velha discriminação e uma total ignorância. Ele não deve saber que o Brasil está entre os paises que compõem o BRIC, não sabe que o Brasil já empresta dinheiro para o FMI, que tem o programa mais eficiente de combate a AIDS do mundo e que é mediador de crises políticas e cismas entre países. penso que Stallone é ignorante, mas não é inocente.

Por um outro prisma, vejo que a declaração infeliz do ator encerra para nós brasileiros uma lição valiosa. Precisamos de uma vez por todas deixar de "tietar" essas vedetes, pricipalmente as que perderam há muito tempo o "bonde da história". Precisamos parar de alimentar o ego inflado dessas tais celebridades que se transformam em aberrações a ponto de desrespeitar o país e o seu povo.aliás, não é a primeira vez que isso ocorre.Lembro que uma das edições do episódio dos Simpsons abordava o "caos brasileiro", numa visita que "a família de Homer" fez ao Brasil. Embora mostrasse alguns episódios verídicos, "exagerava na dose e subestimava a inteligência dos brasileiros com vários estereótipos.

Se realmente vivemos um momento de melhor auto-estima de nossa história, é necessário que as instituições brasileiras começem a pensar numa campanha eficiente de mostrar ao mundo que o Brasil não tem apenas mulata, carnaval, futebol, selva Amazônica e macaco. Precisamos também superar a "síndrome do homem cordial deslumbrado e tiete", afinal, Disneylandia, Hollyod e Beverly Rios já não são tão distantes assim para perdermos o senso com o deslumbramento de outrora. Creio até que a cordialidade de outros tempos, agora só funciona com as estrelas da indústria cultural como é o caso de Stallone. Essa vassalagem com os ícones da cultura pop só pode ter um resultado,postura hipócrita, declarações infames de personagens ultrapassados e entendiados como a de "Mister Stallone".

J.Menezes
23/07/2010

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Curso de Comunicação Política e Políticas da Comunicação

O Núcleo Omi-Dùdú e o Grupo de Pesquisa Permanecer Milton Santos da Universidade Federal da Bahia comunicam que estão abertas, de 20 a 30 de Julho/2010, das 9h às 17h, na sede do Omi-Dùdú, as inscrições para a terceira turma do Curso de Comunicação Política e Políticas da Comunicação, coordenado pelo jornalista e Prof. Dr. Fernando Conceição, da Faculdade de Comunicação da UFBA. A sede do Omi-Dùdú fica localizada no Rio Vermelho, ao lado da 7ª DP, na rua Monte Conselho, 121.

O curso, gratuito, de 50 horas, é oferecido exclusivamente para ativistas dos movimentos sociais e negros da Bahia, que devem ser indicados por suas respectivas entidades, até o limite de 40 vagas. São asseguradas 10 vagas para ativistas avulsos, não-vinculados a entidades.

As aulas serão ministradas às terças e quintas-feiras, das 18h30 às 20h30, a partir do dia 9 de Setembro até 9 de Dezembro, na Biblioteca Publica do Estado da Bahia, Barris. No ato de inscrição os candidatos devem apresentar carta de recomendação, copia de documento de identidade e uma fotografia 3x4. Os candidatos devem já ter concluído ou estar concluindo o curso médio de escolaridade.



A lista dos selecionados será divulgada até o dia 10 de agosto 2010.


Mais informações:

(71) 9151-0631- Dj Branco

(71) 3334-2948/5982 – Carina Burana

E-mail: comunicacaoepolitica2010@gmail.com

Site: WWW.nucleoomidudu.org.br

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Dia Mundial do Rock é comemorado em Petrolina

A Associação das Bandas de Rock Independentes do São Francisco (ABRISF) realizará, á partir das 14h deste sábado (17), a sexta edição ao Dia Mundial do Rock. A Prefeitura Municipal de Petrolina, através da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Turismo, Cultura e Eventos (SEDECTUR) apóia o show.
O público presente poderá conferir as apresentações das bandas The Tarraxos, Perfeito Estado, Andranjos, Maggica (com um show tributo a James Dio, morto em Maio deste ano), Bloody Death e Crematorium. Na ocasião, será apresentada a diretoria da ABRISF.De acordo com a diretora de cultura do município, Roberta Duarte, a SEDECTUR prestigia a iniciativa da Associação de Bandas de Rock Independentes da região, que já conta com mais de 20 grupos.

Raoni Santos
Assessoria de Comunicação
Prefeitura Municipal de Petrolina
16/07/2010

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Comissão da Câmara aprova diploma obrigatório para jornalismo

Projeto está pronto para votação no plenário da Casa.
Supremo Tribunal Federal derrubou exigência no ano passado.


A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que restabelece a exigência de diploma para o exercício da profissão de jornalista foi aprovada nesta quarta-feira (14) na comissão especial da Câmara que tratou do assunto. O projeto está agora pronto para ir ao plenário, onde precisa ser aprovado duas vezes com 308 votos favoráveis, antes de ir para o Senado.
saiba mais

A exigência de diploma para jornalistas foi derrubada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em junho do ano passado. A regra se baseava em um decreto-lei editado durante a ditadura militar e foi considerada inconstitucional pelo STF. Com isso, qualquer pessoa que atue na área pode pedir seu registro profissional ao Ministério do Trabalho.

A tentativa agora é incluir na Constituição a exigência do diploma. O texto do substitutivo do relator Hugo Leal (PSC-RJ) busca inclusive harmonizar a exigência com a declaração do Supremo de que a exigência era inconstitucional por ferir a liberdade de expressão e informação.

“A exigência de graduação em jornalismo e registro do respectivo diploma (...) não constitui restrição à liberdade de pensamento e de informação”, diz trecho do substitutivo de Leal.

O presidente da Federação Nacional dos Jornalistas, Sérgio Murilo, comemorou a aprovação na Câmara e destacou que desde a derrubada do Supremo houve uma “corrida” de pessoas buscando o registro. Segundo ele, no período de pouco mais de um ano desde a decisão, já foram requisitados 1,5 mil registros. “Algumas dessas pessoas nunca pisaram em uma redação”, argumenta.

Ele afirmou que há ainda um estoque de cerca de 15 mil pessoas que pediram o registro antes mesmo da decisão do Supremo e que poderão conseguir a autorização para trabalhar devido à decisão do Judiciário. Apesar disso, Murilo diz acreditar que o restabelecimento da exigência pode ajudar a profissão no futuro. “Temos que pensar para frente, no futuro do país e dos nossos jornalistas”.

Para o Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão no Estado de São Paulo (Sertesp), que pediu ao STF a extinção da exigência do diploma, a regra é inconstitucional. Segundo a advogada do Sertesp, Taís Gasparian, argumentou durante o julgamento do caso, em junho do ano passado, a Constituição garante a liberdade de expressão e o livre pensamento.

“Mais do que indesejável, a exigência do diploma para jornalistas é impraticável. Como se proibirá o exercício da disseminação da informação pela internet?”, afirmou na ocasião a advogada, citando a proliferação dos blogs.

Além da PEC em tramitação na Câmara, outra semelhante está no Senado. Também naquela Casa a proposta está pronta para ser votada em plenário.

Fonte: G1/Brasília
14/07/2010

terça-feira, 13 de julho de 2010

Univasf abre inscrições para mestrado em Ciência Animal

A Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) está com inscrições abertas para seleção ao mestrado em Ciência Animal. O curso é destinado a profissionais graduados em Medicina Veterinária, Engenharia Agronômica, Ciências Biológicas; Engenharia de Pesca, Zootecnia e áreas afins. Os interessados podem se inscrever até 30 de julho, no campus Petrolina Centro - na Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação - ou no campus Ciências Agrárias.

O curso objetiva qualificar recursos humanos pautados nos princípios da conservação e preservação dos recursos naturais renováveis; produzir tecnologias inovadoras compatíveis com o desenvolvimento regional e direcionadas ao agronegócio; desenvolver no semiárido, sistemas de produção animal sustentáveis; e aumentar a produção e a produtividade animal no semiárido brasileiro.

Nesta seleção são oferecidas nove vagas para as seguintes linhas de pesquisa: Manejo e Produção Animal, Avaliação de Alimentos e Nutrição de Ruminantes e Não Ruminantes, Forragicultura e Pastagens e Nutrição e Manejo de Peixes de Água Doce.

O processo seletivo constará de prova escrita de conhecimentos gerais e específicos referentes à linha de pesquisa escolhida, análise de curriculum vitae, prova de inglês, não eliminatória, e com validade de prova de exame de proficiência em língua estrangeira, que servirá como critério de desempate, entrevista com membros da comissão de seleção e análise da proposta simples de trabalho. Acesse o Edital no site da Univasf.

domingo, 11 de julho de 2010

Espanha campeã e o triunfo do futebol bonito

A Espanha chegou lá e no melhor estilo, jogando um futebol fino, agressivo, insinuante e bonito para inglês, brasileiro e o mundo ver. Ainda na primeira fase do
Mundial assistí uma entrevista com o atacante Fernando Torres. A Espanha vinha de uma derrota para a Suiça e estava sendo bastante criticada pela imprensa e torcedores. O orgulho estava ferido, a confiança parecia abalada,mas era só impressão. Torres demonstrnado maturidade, equilíbrio e bom senso ressaltava que o elenco andaluz estava chateado pela derrota mas não ia abrir mão da sua maneira de jogar, mesmo que isso custasse uma saída prematura da Copa.

O jogador do Liverpool falou categoricamente que poderiam sim cair, mas seria por acreditar naquela proposta de jogo, ousada, ofensiva que envolvia e apavorava os adversários. Se estivessem errados que assim fosse, que pagassem o preço. Naquele momento senti que os espanhóis "tinham a força". Eles vinham de uma conquista significativa que foi a Eurocopa, fizeram uma belíssima eliminatória, tinham como base o talentosíssimo time do Barcelona e antes do Mundial só haviam perdido para os Estados Unidos na Copa das Confederações.Uma campanha de respeito que credenciava "La Fúria" a conquistar o mundo.

Após a derrota para a Suiça(mesmo jogando bem), voltou aquela velha desconfiança de "nadar, nadar e morrer na praia" . Foi assim em 1986 naquele time de Butragueño que derrubou a "Dinamáquina" de Elkjhaer e dos irmãos Laudrup. A escrita permaneceria? "Los bravos de Del Bosque" provaram que não. Dessa vez seria diferente, muito diferente e foi.A Espanha fez valer o seu favoritismo, foi derrubando os adversários um a um sem perder a confiança ou mostrar receios. Nas horas mais difíceis o talento prevalecia e o esquadrão avançava atropelando.

Os exemplos mais claros foram nas vitórias sobre o Paraguai e Alemanha que "encolheu" para jogar no erro da Espanha e se deu mal. O triunfo da Espanha foi inédito e justo pela serenidade do técnico Del Bosque, pela maestria e talento de Xavi e Iniesta, pelo oportunismo de Villa, pela frieza e coragem de Casillas. A Espanha desfilou um futebol vistoso, suave, poético, "de ilusion e fantasia" como diria o escritor uruguaio Eduardo Galeano para se referir ao futebol criativo. Mostrou ao mundo que é possível ser competitivo e jogar bonito, dar espetáculo. A Espanha quebrou paradígmas, fez história e salvou o futebol arte. Arriba!

J.Menezes
11/07/2010

sábado, 10 de julho de 2010

Segunda rodada de capacitação do Selo UNICEF

Todos os estados estão promovendo encontros de capacitação com os articuladores municipais do Selo e representantes do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente. Os encontros começaram em maio e vão até julho nos 19 estados do Selo. O foco é a metodologia do primeiro Fórum Comunitário, que começa com o diagnóstico participativo sobre a situação da infância e adolescência e termina com a elaboração de um plano municipal do Selo. A partir da capacitação, os municípios iniciam o processo do primeiro Fórum Comunitário, que deverá ser realizado até 30 de setembro. O Município de Petrolina pleitea esse ano o Selo Unicef Município Aprovado.

J.Menezes
10/07/2010

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Brasil e Holanda uma derrota que amadurece

Não é mais um daqueles desabafos ou frases com um viés de "lugar comum", mas perder também amadurece, embora o sentimento da derrota seja "muito chato". A Seleção Brasileira passou por uma boa preparação, deu provas de competência e competitividade e ganhou títulos. Dunga pode ser criticado por qualquer coisa, menos por um fator: Resgatou a imagem da seleção como uma instituição respeitada, com alta credibilidade e amada pelo povo. Mas não podemos deixar de considerar que decisões são difíceis e tem consequências. O treinador sabia disso e encarou os desafios. Como em toda decisão você pode acertar ou errar, não existe meio termo. E Dunga acertou tornando o Brasil uma equipe forte, compacta e competitiva, mas errou quando não foi sensível para perceber que o virtuosismo é uma marca histórica do futebol brasileiro. A essência do esporte no país é essa singularidade artística no jeito de "jogar bola". E os virtuosos fizeram falta, principalmente quando o técnico precisou substituir. A proposta de jogo até podia funcionar como ficou provado no primeiro tempo da partida contra os holendeses, mas era pouco. Jogadores como Ronaldinho Gaúcho, Ganso ou até Alex(atualmente no Fernehbace)poderiam sim fazer a diferença, mesmo considerando que Robinho fez uma boa copa e Kaká embora seja muito talentoso nunca esteve totalmente recuperado durante a competição.O gosto da vitória é doce, mas nem sempre ensina. O gosto da derrota é amargo e encerra muitas lições, muito embora há quem não aprenda com os percalços. Uma coisa é certa, para o novo técnico há um cenário valioso de ensinamentos que podem moldar a postura da "nova seleção" que pelas expectativas da torcida deve voltar a "sambar" e ajudar o grupo a encontrar os caminhos da inspiração e da vitória na Copa do Brasil em 2014.

J.Menezes
02/07/2010