domingo, 16 de março de 2008

TÁ NA MÍDIA

Transmissões esportivas

Um ponto polêmico incluído pelo relator, deputado Walter Pinheiro (PT-BA), é a obrigatoriedade de repassar gratuitamente à TV Brasil o sinal de competições oficiais em que um atleta brasileiro estiver participando, caso a transmissão não seja feita por canais abertos. Segundo Pinheiro, as empresas firmam contratos de exclusividade com comitês esportivos, mas transmitem os eventos só por TV por assinatura.

Ainda pelo texto aprovado, se emissora privada não estiver gerando o sinal, deve autorizar a TV Brasil a gerar a transmissão. Os canais da EBC também serão distribuídos gratuitamente pelas TVs por assinatura.

Também foram mantidas a Contribuição para o Fomento da Radiodifusão Pública como fonte extra de recursos, o caráter simplificado para compra de bens e contratação de serviços e as contratações excepcionais, algumas sem licitação, para áreas artística, audiovisual e jornalística, seguindo parâmetros do conselho de administração.

A MP será ainda analisada no Senado.


Fonte - Site do Comunique-se

POESIA E "CAUSOS"



Vou vortá bem satisfeito,
A viagem não perdí
E vou falá com respeito
Sobre uma coisa que eu ví,
Eu nunca gostei do enredo
Mas vou contar um segredo
E sei que o povo combina,
Existe aqui um pobrema
Sobre este amoroso tema
Juazêro e Petrolina

É coisa bastante certa
Que com relação ao amô
Só faz grande descoberta
Quem é bom pesquisadô;
Vocês quera descurpá,
Mas o bardo populá
Patativa do Assaré
Vai já falá pra vocês
De uma coisa que tarvez
Ninguém tenha dado fé.

Aqui na bêra do rio
Tem uma dô que consome,
Vejo a verdade e confio
Ví que o Juazêro é home
E Petrolina é muiê.
Ví que o Juazêro qué
Com Petrolina casá,
Porém corre um grande risco,
As águas do São Francisco
Não deixa os dois se abraça.

Tem um riso feiticêro
A linda pernambucana
E gosta do Juazêro
Moço da terra baiana,
Vejo tudo e tô ciênte
Que o que ele sente e ela sente
Mas esperança não tem
De satisfazê o desejo
Apenas envia beijo
Pela brisa que vai e vem.

Juazêro vai passando
Com a arma apaixonada
Do outro lado reparando
Para sua namorada
E Petrolina conhece
E a mesma paixão padece
O namoro não esconde
Lá do outro lado do rio
Juazêro da picio
E Petrolina responde.

Que seja seca ou inverno
Nesta terra nordestina,
Tem sempre um amô eterno
Juazêro e Petrolina
Sei que é firme esse namoro,
Porém existe um agôro,
Um azá, um aperreio,
Ele do lado de lá,
Ela do lado de cá
E o rio a roncá no meio.

Juazêro e Petrolina
De amô vive ardendo em brasa
Pois é muito triste a sina
De quem namora e não casa,
Quando o rio dá enchente,
Mas os namorado sente,
Um de lá, outro de cá
Cada qual faz sua quêxa
Cronta o rio que não dêxa
O sonho realizá.

Juazêro esse baiano
Moço, forte e destemido
De realizá seu prano
Já veve desiludido
Com a arma apaixonada
Óia para a namorada
Mas é grande o sofrimento
Pois não pode sê isposo
Devido o rio orguioso
Impatá o casamento.

Inquanto descê nas água
bascuio, barcêro e cisco
Causando paixão e mágua
Este rio São Francisco
Capricho da natureza,
Com a sua correnteza
Neste baruio maluco
Toda noite e todo dia
Não será sogra a Bahia
E nem o sogro o Pernambuco.

Se oiando de face a face
Petrolina o seu querido
Não pode fazê o inlace
Pruqê o rio intrometido
Do seu leito nunca sai,
É um suspiro que vai
E outro suspiro que vem
E nesta sentença crua
O namoro continua
Por século sem fim amem.


Essa poesia é do Patativa do Assaré.

Foi recitada pelo autor por ocasião do Segundo Festival de Violeiros de Petrolina.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Economia do Vale do São Francisco

A região do submédio São Francisco, liderada por Juazeiro e Petrolina está se aproximando dos US$ 300 milhões em exportação. O número de 2007, segundo o MDIC, foi superior a US$280 milhões.

A região, que tem sete municípios exportadores (Juazeiro, Casa Nova, Curaçá, Sobradinho e Sento Sé , no lado baiano, e Petrolina, Lagoa Grande, Belém do São Francisco e Floresta, do lado pernambucano), exporta principalmente frutas, mas também outros produtos como couros e peles.

Liderando no Brasil, na exportação de Uvas de mesa e de Mangas, a região já supera estados brasileiros como Paraíba (que tem um porto marítimo), Tocantins, forte produtor de carne e grãos, Sergipe, grande produtor de petróleo e que também dispõe de um porto marítimo , e se aproxima de Rondônia, um dos maiores produtores de soja do Brasil, e do Rio Grande do Norte, grande produtor de petróleo, exportador de frutas e crustáceos e que possui um dos portos mais movimentados do Nordeste.

Mesmo com toda esta potencialidade e volume exportado, a região padece com estrangulamentos logísticos, tanto no aspecto de transportes, em todos os modais, quanto à demais infra-estrutura necessária em termos de representações e recursos de organismos de fiscalização e controle.

A representação dos exportadores ainda não disponibiliza todo o apoio necessário para facilitar as exportações, principalmente dos pequenos, assim como são poucos os representates de escritórios de despachantes e de armadores na região.
Por outro lado a localização em pleno coração do nordeste, quase equidistante dos principais portos da região e a disponibilidade de um grande aeroporto homologado para exportação, são fatores que favorecem o comércio internaciponal que só tem crescido.

Fonte: Márcio Araújo - Economista