sexta-feira, 18 de abril de 2008

Operação Tiradentes


Chegou o feriadão, muita gente deve "pegar a estrada" e os cuidados devem ser redobrados.A informação é da Polícia Rodoviária Federal. Essa bem que pode ser a primeira frase de uma matéria de televisão ou de rádio, como telespectadores e ouvintes estão acostumados a ouvir no agendamento de notícias do nosso cotidiano. Embora os telespectadores cobrem maior "criatividade" na forma de abordar a notícia, raramente o texto muda nestas ocasiões.

Lembrei agora de uma conversa com a apresentadora da Globo Carla Vilhena quando esteve em Juazeiro para uma reportagem sobre o aniversário os 500 anos do Brasil. Ela dizia que a avó sabia decorado os textos dos repórteres de televisão durante o período de carnaval. A repetição constante e sem nenhuma inovação, gera esse tipo de depoimento. O telespectador não é mais o de trinta anos atrás, ficou mais crítico e está mais atento a forma como a notícia é construída.

Mas "o fenômeno" terá replay. É que a Polícia Rodoviária Federal já "decretou a operação Tiradentes" e o objetivo é prevenir acidentes que aumentam nas estradas durante os feriados. A operação já começa na sexta feira com orientações e blitz. Os motoristas devem ficar alertas para os animais na pista, prestar atenção nas placas de sinalização, fazer uma revisão nos veículos antes da viagem, não fazer consumo de bebida alcoólica enquanto estiver dirigindo, não dirigir com sono, respeitar os limites de velocidade, etc.

Os motoristas brasileiros já não são tão inocentes. A questão não é falta de informação, nem tampouco de orientação, mas de prudência, respeito com os outros e de disciplina. O número de acidentes nas estradas no país suplanta o de vítimas de guerras e os resultados são alarmantes.Anualmente são 35 mil vítimas fatais de acidentes automobilísticos. Tem curiosidades impressionantes sobre o perigo na direção. Uma delas é que o brasileiro assimilou bem o uso do cinto de segurança, mas só do dianteiro, os motoristas são indiferentes e resistentes ao uso do cinto do banco de trás pelos passageiros. Esse é só um exemplo dessa "cultura tupiniquim" de transgressão que é claro, inclui também os motoristas.

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