domingo, 18 de janeiro de 2009

LAGOA GRANDE E AS ELEIÇÕES


Muita expectativa para a escolha do prefeito ou prefeita de Lagoa Grande no próximo dia 08 de fevereiro, num pleito histórico no jovem município pernambucano. Emancipado em 1997, Lagoa Grande que era um distrito de Santa Maria da Boa Vista, foi elevada à condição de cidade principalmente em virtude do potencial econômico (leia-se, vitivinicultura).

Hoje com 15.755 eleitores e uma população de 35 mil habitantes, que sofre primeiro com os problemas estruturais, típicos de um município pobre: má distribuição de renda, desigualdades sociais, mal servida de serviços de saúde, educação, saneamento básico e falta de moradia. Depois “o trauma’” de ter passado por problemas de ordem político-administrativos que até hoje repercutem na comunidade que culminou com a realização de uma segunda eleição.

A emancipação de municípios brasileiros deveria ser feita com critérios mais rigorosos da própria justiça eleitoral, com participação efetiva do Ministério Público e criação de comissões comunitárias que pudessem participar de todo o processo de instalação do município. Não estou falando apenas do conhecimento sobre a burocracia, mas de uma gestão compartilhada de fato, onde o cidadão fosse respeitado.

Esse processo de fiscalização, orientação e discussão sobre prioridades deveria durar no mínimo 10 anos, até que o município pudesse andar com suas “próprias pernas” e desenvolver uma cultura própria de gestão que não deixasse de fora “os seus clientes” que são os cidadãos, dividindo com estes, as responsabilidades. Deixar tudo nas mãos apenas da equipe de governo, acho temerário por inúmeros motivos e o primeiro deles é a fragilidades de nossas instituições.

Outra coisa vende-se uma imagem de Lagoa Grande, como uma “terra da promissão” por conta dos imensos parreirais lá existentes, Ora, todo mundo sabe que a vitivinicultura é um fato que ajuda a melhorar a auto-estima da região, mas que esse “arroubo de prosperidade” é uma gota num oceano repleto de carências, especialmente na área social. Particularmente, não acredito em desenvolvimento se a questão social não for considerada neste bojo. Apesar de tudo, não é tarde: depois das eleições os cidadãos podem e devem exigir maior participação nas decisões do governo, seja ele qual for.
J. Menezes

2 comentários:

Anônimo disse...

Sou cidadã Lagoagrandense, portanto, bem sei eu exclarecer seu ponto de vista e de muitas pessoas que não habitam aqui, o problema que ocasionou o retardamento do desenvolvimento em todos os aspectos nesse municipio, apenas uma explicação há, Jorge Gaziera, desviou inumeros recursos que podia sim hoje fazer grande diferença para uma cidade mais atrativa, não respeitou se quer as crinças com carencias nutricionais, que precisou do leite e ele desviou, não entendo por que tanta engratidão e uma criatura dessas ainda se faz de servo de Deus com tantas maldades aqui deixadas, bloqueou o nosso municipio INADIMPLENTE. Tirou a esperança do nosso povo, principalmente dos que vivem aqui sem sustento de salario de campo, está provado o que ele fez a justiça deu o seu aval, mas ele insiste em colocar-se como executivo do nosso povo, colocando como representate dele a TURISTA Rose Garziera(esposa).

Anônimo disse...

J. Menezes, parabéns pelas suas belas palavras aqui expressadas - o problema básico é a economia estrutural característica do nosso país subdesenvolvido e uma estrutura fundamentada na prática cidadã, ou seja, pôr a cidadania em prática sou lagoagrandense e digo, o nosso povo é lutador mas cobra pouco dos governantes prova disso é que terminamos mas um mandato e ninguém tem informação alguma sobre origem e aplicação de recursos públicos - não há transparência na coisa pública - mas acredito no potencial de Lagoa Grande e de seu povo - a câmara passou inerte às necessidades do lagoagrandense, e digo pelo que vejo temos que trazer uma "TURISTA" tenha experiência ou não na administração pública - que tenha pelo menos bagagem e vivência fora desse comodismo que só ver o próprio umbigo, creio eu que o povo lagoagrandense está se tornando de alguma forma mais proativo à partir dessas eleições. (Juvenilson Cruz).