segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

PETROLINA PERDE O JOGO E CHORA POR NÃO TER ESTÁDIO


Esse filme o torcedor já viu muitas vezes. O time perde de goleada, já se coloca como um candidato a "saco de pancadas" da competição, o presidente do clube chora "as mágoas de sempre, pelos motivos de sempre e o pior: o time não tem onde jogar. É obrigado a se deslocar para Salgueiro e jogar longe da torcida. A pergunta é óbvia: poderia dar em outra coisa? É melancólico considerar o potencial de Petrolina sob os pontos de vista político, econômico e social, cidade estratégica para o Pernambuco e ponto de convergência no Nordeste e ser tão negligente em relação ao futebol. O estádio não foi recuperado em tempo, e sabiamente foi interditado pelo Ministério Público que exigiu uma análise do CREA que garantisse a segurança dos torcedores.


O mais incrível é a repetição dos erros, essa insistência em participar de uma competição oficial sem estrutura. O tempo da aventura já era, não estamos mais na década de 1970, quando jogávamos num estádio acanhado e jogávamos com equipes regionais num amadorismo que não cabe mais hoje. Disputávamos o campeonato local e o BAPE com jogadores pagos com geladeira, rodada de cerveja e fogão. O futebol agora é competitivo, exige planejamento, pautado em estratégias administrativas. Não adianta chororô, de que os empresários não ajudam, porque não é só isso. Sem dirigentes e comissões técnicas competentes também não adianta investir.


Não adianta discursos primários, futebol exige maturidade, preparo técnico, psicológico e estrutura. Se houvesse isso, Petrolina teria condições de brigar por títulos. Vejo muito amadorismo ainda. Não conseguimos sair da "casca do ovo", por isso penamos. O estádio não foi recuperado em tempo, e sabiamente foi interditado pelo Ministério Público que exigiu uma análise do CREA que garantisse a segurança dos torcedores. Estamos construindo uma reputação e uma cultura futebolística lamentavelmente tristes que não respeitam nem mesmo um passado amador, porém orgulhoso. Cabe aqui perguntar, porque Fernando Bezerra Coelho também não abraça essa causa? Uma parceria do Petrolina com o Santa poderia agregar valor à causa.


J. Menezes

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