terça-feira, 18 de março de 2008

BRIC BRASIL

O anúncio de que o Brasil cresceu 5,4% em 2007 soou positivamente nos mercados internacionais e apesar da cautela orientada pelo presidente Lula, o governo comemorou. É louvável a celebração, já que o país experimenta uma estabilidade sui generis se comparada por exemplo aos tempos de inflação alta de dívida externa crescente e da falta de credibilidade no exterior. O ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão Paulo Bernardo ressaltou que o País poderá crescer mais nos próximos anos, com "menos gargalos" e "pressões inflacionárias". "Nós estamos com investimentos, aumentando nosso PIB potencial e podemos crescer mais nos próximos anos", disse Bernardo. No quesito BRIC(Brasil, Rússia, Índia e China), sigla criada pelos economistas da Godman Sachs, consultora norte-americana para identificar os blocos dos novos gigantes da economia mundial. O Brasil ainda não cresceu no mesmo ritmo da China por exemplo, mas o país tem a melhor performance econômica de sua história. O Jornal britânico The Guardian afirmou na semana passada que o gigante da América do Sul e começa a demonstrar que não é apenas o país do futebol e do carnaval: " o crescimento é equilibrado e o país estaria menos vulnerável hoje. "Analistas concordam que a forte demanda doméstica, a estabilidade financeira e exportações bem distribuídas internacionalmente oferecem alguma proteção contra o desaquecimento americano. Quando o mundo pega uma gripe, o Brasil não mais pega uma pneumonia, afirma. O The Guardian ainda aponta os contrastes que marcam o Brasil: o país também exporta carros e aviões, notadamente aviões executivos e de passageiros da Embraer, mas afirma que apesar do crescimento, o país ainda enfrenta vastos problemas sociais e ambientais. Críticos ouvidos pelo jornal ainda dizem que o crescimento do Brasil impressiona, mas é vazio, "como um carro alegórico de carnaval, porque se apoia em condições globais benignas e no crescimento do crédito doméstico enquanto foge à difícil tarefa de construir uma economia competitiva". O "Guardian" conclui comentando que o Brasil era conhecido como o País do futuro. "O futuro ainda não chegou, mas está mais perto agora do que já esteve em várias gerações." O estudo da Godman Sachs prevê que a economia do Brasil ultrapassa a da Itália em 2025, a da França em 2031 e a do Reino Unido em 2036. É esperar para ver.

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